MPE sugere ampliar alimentação, locais de banho e estacionamento na Salgadeira

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Após inspeção realizada nas obras do Complexo da Salgadeira, o Ministério Público Estadual (MPE) solicita ao governo que analise a possibilidade de instalar quiosques no local, caso não seja viável a construção de mais um restaurante. Sugere ainda o aumento de vagas no estacionamento para evitar a invasão de carros no entorno do Parque Nacional e a extorsão dos conhecidos “donos de estacionamentos”.

Outro problema apontado pelo Ministério Público diz respeito aos locais de banhos, que ainda estão pendentes de confirmação por estudo. O promotor de Justiça Joelson de Campos Maciel alerta que a demanda existente na Salgadeira é grande e que a quantidade prevista no projeto é tímida se comparado ao número de pessoas que costumam visitar o local.

As observações resultantes da inspeção realizada pelo MPE no início deste mês constam no ofício 69/2017 encaminhado ao secretário estadual de Cidades, Wilson Santos (PSDB), no último dia 5. No documento, o promotor de Justiça afirma que, por ora, está satisfeito com o andamento das obras.

Alerta, no entanto, que o projeto em si está subdimensionado em relação ao fluxo diário de pessoas esperadas. Destaca que os principais rios da Baixada Cuiabana, e seus tributários, estão praticamente imprestáveis para banho devido ao alto volume de poluição advindo principalmente da rede de esgoto.

Lembra que a principal opção de lazer existente na região, que seria o Lago do Manso, além de distante de Cuiabá e sem acesso de transporte público, já foi loteado por grandes empreendimentos de condomínios horizontais e demais propriedades de pessoas de alto poder aquisitivo, o que impossibilita o acesso da população mais carente ao local.

“Reiteramos que, o Ministério Público se posiciona ao lado do meio ambiente e do uso sustentável, e, uma vez dada a oportunidade de acesso às pessoas ao local de beleza ímpar e rara, não oportunizando as duas principais atividades recreativas que buscam (banho e comida), as obras do Complexo da Salgadeira poderão se tornar obsoletas dentro de um curto espaço de tempo e o caos poderá voltar a reinar naquele local, o que não queremos que aconteça novamente.”

A inspeção realizada pelo Ministério Público no complexo teve como objetivo averiguar o cumprimento do Termo de Ajustamento de Conduta firmado entre a 15ª Promotoria de Justiça Cível de Defesa do Meio Ambiente e o Estado, com vistas à revitalização daquele ponto turístico, homologado nos autos da Ação Civil Pública, em trâmite na Vara Especializada do Meio Ambiente.

Fonte: Assessoria/Com RD News