Coronavírus se espalha por 92 bairros de Cuiabá; Jardim Imperial segue na liderança

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A prefeitura de Cuiabá divulgou, nessa segunda-feira (25), o oitavo Informe Epidemiológico sobre a pandemia de Covid-19, o novo coronavírus. O trabalho, que é elaborado junto ao Instituto de Saúde Coletiva e Faculdade de Geografia da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), demonstra que o bairro Jardim Imperial segue liderando o ranking de infectados na Capital.

O bairro, que recentemente passou por ações de desinfecção endossadas pela prefeitura, registrou, no período de 14 de março até o dia 23 de maio, 18 casos de Covid-19. No primeiro levantamento, o atual líder do ranking, Jardim Imperial, contava com apenas três casos, em 11 de abril, contra os 18, um mês e 12 dias depois, ou seja, um salto de 500% no período.

Ao total, 92 bairros da Capital, dos 125, já possuem moradores infectados pelo novo vírus, aumento de mais de 200% em relação ao primeiro levantamento divulgado, quando apenas Florais, Jardim Vitória, Solar da Chapada, Primeiro de Março, Morada da Serra, Paiaguás, Alvorada, Duque de Caxias, Santa Rosa, Quilombo, Bandeirantes, Centro Sul, Bosque da Saúde, Bela Vista, Pedregal, Lixeira, Dom Aquino, Jardim Leblon, Jardim Itália, Boa Esperança, Santa Cruz, Jardim das Palmeiras, Jardim Universitário, Jardim Imperial, Jardim Gramado, Altos do Coxipó e Parque Atalaia registravam ocorrências da doença.

No entanto, cerca de 50% dos casos encontram-se distribuídos em 22 bairros, sendo os principais Jardim Imperial (18), Jardim Aclimação (13), Quilombo (11), Duque de Caxias (10), Centro Sul (9), Jardim Itália (9), Planalto (9), Alvorada (8), CPA I (8), Dom Aquino (8), Jardim Vitória (8), Areão (7), Bosque da Saúde (7) e Jardim das Américas (7).

Até 23 de maio foram notificados 425 casos de Covid-19 entre os residentes de Cuiabá, indicando crescimento de cerca de 60% (160 casos), praticamente o dobro de casos novos quando comparado com a anterior. Segundo os dados da prefeitura, o fato tem se repetido nas últimas três semanas epidemiológicas, que compreendem também o período de flexibilização das medidas de isolamento social na cidade.

Em relação aos óbitos, Cuiabá registrou, oficialmente, desde o primeiro caso, em 14 de março, 13 óbitos por Covid-19, sendo cinco residentes na cidade e oito em outros municípios sendo quatro de Várzea Grande, um de Chapada dos Guimarães e um de Querência e dois de outros estados brasileiros. No entanto, mais duas mortes foram registradas na Capital, na madrugada de domingo (24), totalizando sete mortes em Cuiabá.

Entre as vítimas mais recentes, estão uma mulher de 86 anos, que tinha hipertensão e enfisema pulmonar, e um homem, de 72 anos, hipertenso, cardiopata e com doença pulmonar obstrutiva crônica. Os dois estavam internados em hospitais privados.

Apesar de corresponder a 31,8% do total de casos da doença em Mato Grosso, a taxa de incidência de Cuiabá ainda permanece muito inferior à registrada no país. Atualmente, a taxa sinaliza uma incidência de 69,2 casos a cada 100 mil habitantes.

Entre os casos confirmados de Covid-19 em Cuiabá a idade média foi 41,7 anos, sendo o mais novo com um ano e o mais velho com 102 anos. O grupo de 20 a 49 anos concentrou 67,5% dos casos e os idosos representaram 10,7%. Cerca de 60% dos casos tinham nível superior e profissionais da área da saúde representaram 14,8% dos casos confirmados.

Já 29% (122) dos casos referiram comorbidades isoladas ou associadas, entre elas prevaleceram, hipertensão arterial (48), doença cardiovascular crônica (45), diabetes mellitus (22), asma (12) e obesidade (11). Somente onze indivíduos declararam ter viajado em período anterior ao início dos sintomas e, desses, seis para o exterior, evidenciando a transmissão comunitária no município.

Entre os cinco óbitos por Covid-19 de residentes em Cuiabá, registrados até 23 de maio, três eram do sexo feminino e dois do sexo masculino, com idade média de 65,2 anos (48, 57, 63 e dois com 79 anos). Todos apresentaram pelo menos uma doença crônica e a média de dias de internação foi de 16 dias, variando de 1 a 41 dias.

Da Redação/Com assessoria/HNT