Mendes diz que MT não tem verba para reajustar salário de professores e alerta sobre o ponto: “não trabalha; não recebe!”

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A expectativa de um acordo rápido entre o governo de Mato Grosso e o Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público (Sintep) ruiu nesta sexta-feira (31), no Palácio Paiaguás, após reunião do governador Mauro Mendes (DEM) com parlamentares e dirigentes sindicais. O comando do Poder Executivo vai apresentar um documento para o Sintep,  na próxima terça-feira (4), com a contraproposta governista pra acabar com a greve dos professores.

Mendes pediu para que os professores retornem às salas de aula para continuar as conversações e advertiu que vai cortar ponto, com desconto na folha de pagamento. “Se não trabalhou, não recebe! Se lá na frente, no período de férias, ele trabalhar o que deixou neste período,  se ele trabalhar, ele poderá ter isso reposto. A lógica é: não trabalhou não recebe! O dia que você trabalhar, você recebe”,  alertou governador, sobre a confirmação do desconto em folha e a reposição de aulas.

O corte de ponto é usado pelo Estado com prerrogativa em decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2016. A medida do STF declara constitucional o desconto dos dias não trabalhados.

Na proposta a ser apresentada na próxima terça-feira fica fora uma das principais reivindicações do Sintep: o pagamento dos salários dentro do dia trabalhado. O governador esclareceu que a medida não inclui cronograma de pagamento porque isso seria inviável de assumir.

“Não vou assumir compromisso que eu não possa cumprir. Acabou o tempo de político que fica jogando para a galera só para sair do problema de hoje. Não dá para mentir. Então se tivermos certeza daquilo que der para fazer, nós podemos até fazer cronograma, mas fazer cronograma mentiroso só para empurrar o problema para um ano, dois anos, eu não vou fazer”, argumentou o chefe do Poder Executivo de Mato Grosso.

A versão de Mauro Mendes é de que será apresentada  ao sindicato uma proposta calcada na realidade financeira do Estado. “Não estamos dizendo que nunca vamos pagar. Estamos dizendo que não temos condições de pagar hoje e existem leis que nos impedem de pagar. E essas leis têm sobrevalência à lei 510″, emendou ele.

Já o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, advertiu que, se não houver novidade no atendimento às reivindicações, a greve prossegue. “Vamos aguardar o envio do documento do Governo na terça. Se nada for apresentado de concreto, a greve irá continuar”, justificou Valdeir Pereira.

Os profissionais do ensino público em greve desde segunda-feira (27).  E a maior cobrança   é de  que o Governo do EStado cumpra a Lei Estadual 510/2013, que prevê a dobra do poder de compra dos trabalhadores.

Fonte: Cuiabano News