Promotor considera sentença imposta a tenente injusta e vai recorrer

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O Ministério Público de Mato Grosso garante recorrer da sentença que livrou a tenente do Corpo de Bombeiros, Izadora Ledur, do crime de tortura e morte do aluno Rodrigo Claro. O MPE pede a condenação da tenente pelo crime de tortura. A assistência de acusação pede ainda que a militar seja expulsa da corporação.

A sessão de julgamento do caso aconteceu na quinta-feira (23) e foi presidida pelo juiz Marcos Faleiros. Por volta das 20 horas, a sentença foi proferida e a militar condenada a um ano de prisão em regime inicial aberto pelo crime de maus-tratos contra o aluno. Ela não perderá a patente.

Votos divergentes foram proferidos por dois juízes militares, cabendo recurso sobre a sentença. Ainda ontem (24), o promotor de Justiça Paulo Henrique Amaral Motta entraria com o recurso de apelação “em razão da total irresignação com a injusta e equivocada sentença proferida (ante)ontem”.

Rodrigo Claro era estudante do curso de formação de soldados do Corpo de Bombeiros e foi submetido a uma sequência de afogamentos, conhecidos como caldos, durante um treinamento na Lagoa Trevisan, em Cuiabá.

Na ocasião, Izadora Ledur era a instrutora. Rodrigo Claro passou mal, foi internado e ficou em coma na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital particular da Capital e morreu cinco dias depois.

A defesa da ré argumentou que a tenente não teve conduta seletiva em relação a Rodrigo Claro, mas sim que o treinamento exigia rigor. Também que nenhuma das declarações prestadas pelas testemunhas acusatórias foi capaz de subsidiar o dolo ou demonstrar existência de conduta de caráter pessoal de ódio ou castigo contra o rapaz, portanto requereu a sua absolvição.

Fonte: Diário de Cuiabá