O governador Pedro Taques (PSDB) anunciou a entrega de parte da obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) até 2018. O anúncio foi feito durante a entrevista ao jornal do Meio Dia da TV Record (canal-10) nesta sexta-feira (23).
Ele lembra que o único entrave para recomeçar a obra quanto ao valor cobrado pelo Consórcio VLT, que não aceita receber R$ 800 milhões. Neste ano, o governo contratou a empresa de consultoria KPMG que apontou o valor como preço justo para concluir o modal. “Foram pagos R$ 1,66 bilhão, e a consultoria mostra que faltam R$ 800 milhões, mas a empresa não concorda. Porém, temos uma solução para entregar o VLT”, explicou.
Ele cita que o secretário de Estado de Cidades (Secid), Wilson Santos juntamente com uma equipe vem trabalhando para que as obras iniciem nos primeiros meses de 2017.
O governador preferiu não comentar o plano adotado para colocar o trem em movimento. O secretário Wilson Santos, já havia anunciado que a ideia é entregar o trecho aeroporto de Várzea Grande até o bairro do Porto, em Cuiabá.“Temos uma solução que está encaminhada e vamos entregar o VLT em nosso mandato. Não vou contar agora, porque não janto sem antes, almoçar”, disse.
Taques lembrou que foi duramente criticado quando atuou como senador, por ter saído em defesa do Bus Rapid Transit (BRT). “Eu e o Blairo Maggi (PP) fomos os únicos contra esta obra. Eu mandava ofícios perguntando sobre o valor da obra, modelo, quem iria operar e o valor da tarifa?”.
Ele também reclamou das obras que ainda estão paralisadas. “Obras mal feitas que não foram feitas por nossa gestão. Existe uma dificuldade de concertar algo que nasce errado”, lamentou Taques.
O governador disse manter o discurso de não receber obras mal acabadas ou de má qualidades. “A estrada do Moinho, por exemplo, não recebo, o Wilson já chamou o empreiteiro para arrumar”.
Há quase dois anos com as obras paralisadas, o VLT era pra ser entregue na Copa 2014. Foi investido R$ 1 bilhão em 22 km de trilhos.