A 32ª Bienal de São Paulo – "Itinerâncias: Cuiabá", começa a ganhar forma com a montagem das obras no Palácio da Instrução, centro da Capital.
As peças chegaram na última segunda-feira (01.05) e, aos poucos, vão ocupando as salas do piso superior do prédio histórico e centenário que, mais uma vez, abre as portas para uma das principais mostras de arte contemporânea do mundo.
A 32 ª Bienal de SP acontece de 16 de maio até 09 de julho e, além da exposição, conta com uma programação variada que inclui performances, apresentações, conversas com artistas e curadores, visitas guiadas e agendamento escolar.
“Todas as exposições itinerantes que a Bienal realiza contam com a presença de uma equipe composta por produtor e museólogo que acompanham, desde a chegada das obras, o desembalar das peças até a instalação. A equipe entrega a exposição montada e acompanha todos os processos para manter o padrão Bienal”, explicou a produtora Valéria Dias.
Essa edição da Bienal em Cuiabá renova a parceria institucional entre a Fundação Bienal de São Paulo e a Secretaria de Estado de Cultura (SEC). Em 2015, por ocasião das itinerâncias da 31ª Bienal, o Palácio da Instrução foi revitalizado para sediar a mostra, que apresentou 17 projetos artísticos, 8 encontros com educadores da rede pública de ensino de Cuiabá e Várzea Grande e reuniu um total de 8.900 visitantes.
Intitulada "Incerteza Viva (Live Uncertainty)", a exposição se propõe a traçar pensamentos cosmológicos, inteligência ambiental e coletiva assim como ecologias naturais e sistêmicas.
A mostra foi concebida em torno das obras de 81 artistas e coletivos sob curadoria de Jochen Volz e dos cocuradores Gabi Ngcobo (África do Sul), Júlia Rebouças (Brasil), Lars Bang Larsen (Dinamarca) e Sofía Olascoaga (México).
A 32ª edição da Bienal, que recebeu 900 mil visitantes em 2016, terá recortes exibidos em cidades no Brasil e no exterior em 2017. Seleções de obras viajam às cidades de Campinas/SP, Belo Horizonte/MG, São José dos Campos/SP, Cuiabá/MT, São José do Rio Preto/SP, Ribeirão Preto/SP, Garanhuns/PE, Palmas/TO, Santos/SP, Itajaí/SC e Fortaleza/CE. Itinerâncias internacionais já estão confirmadas na Colômbia e em Portugal.
Programação pública
Uma programação pública inspirada nas atividades que acompanharam a 32ª Bienal em São Paulo foi formulada levando performances, apresentações e conversas com artistas e curadores para o público de Cuiabá. Nos dias 16, 17, 30 e 31 de maio; 1, 2 e 30 de junho, a grade de programação conta com palestra da curadora Júlia Rebouças, a militante indígena Naine Terena e a professora Ludmila Brandão; apresentações públicas dos artistas Ana Mazzei e Dalton Paula e uma semana de ativações das Conversas para Adiar o Fim do Mundo, do artista Bené Fonteles.
16 de maio, 19h – 21h
Palestra Incerteza Viva, com Julia Reboupas, Naine Terena e Ludmila Brandão
Centro Cultural da UFMT – 200 vagas
A partir da experiência nos Dias de Estudo, sobretudo o encontro realizado em Cuiabá, serão discutidos os percursos curatoriais e artísticos que levaram as participantes à 32ª Bienal. Júlia Rebouças é cocuradora da 32ª Bienal de São Paulo, Naine Terena é militante indígena e pesquisadora bolsista no Laboratório de Imagem e Educação da Unemat, e Ludmila Brandão é professora do programa de pós-graduação Estudos de Cultura Contemporânea da UFMT.
17 de maio, 19h – 21h
Pesquisa e processo criativo, com Ana Mazzei
Palácio da Instrução (Auditório) – 40 vagas
Ana Mazzei vai apresentar sua produção, pesquisa e modos de atuação, criando um contexto para discutir a obra Espetáculo (2016), que integra a 32ª Bienal.
30 de maio, 19h – 21h
Ocataperaterreiro, com Bené Fonteles
UFMT (Centro Cultural) – 200 vagas
31 de maio – 19h – 21h
Arte aqui é mato: Poéticas e querelas da arte em Mato Grosso
UFMT (Centro Cultural) – 200 vagas
Encontro com o artista Gervane de Paula e a crítica de arte Aline Figueiredo, mediação de Bené Fonteles.
1 de junho – 19h – 21h
Narrativas pela fluência das águas: artistas e viajantes em Mato Grosso
UFMT (Centro Cultural) – 200 vagas
Encontro com a historiadora Maria de Fátima Gomes Costa e o historiador Serafim Bertoloto, mediação de Bené Fonteles.
2 de junho – 19h – 21h
Ser e não ser – a terra devastada: questões indígenas e ambientais em Mato Grosso
UFMT (Auditório Museu Rondon) – 100 vagas
Encontro com a indígena e comunicóloga Naine Terena e outras lideranças indígenas do Estado, o historiador e indigenista Elias Bigio, e o ambientalista Sérgio Guimarães, mediação de Bené Fonteles.
30 de junho – 19h – 21h
Pesquisa e processo criativo com Dalton Paula
Palácio da Instrução (Auditório) – 40 vagas
Dalton Paula apresenta sua produção, pesquisa e modos de atuação, criando um contexto para discutir a série Rota do Tabaco (2016), que integra a 32ª Bienal.