O prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (PMDB) rebateu as críticas que vem sofrendo por conta da criação da Secretaria Extraordinária Cuiabá 300 anos (Sec 300). Pinheiro disse que a Pasta será “enxuta”, sem orçamento e que ele será o secretário.
“O secretário da Pasta será o prefeito Emanuel Pinheiro. Disso eu não abro mão. A minha gestão é a gestão dos 300 anos. Eu serei o secretário. Vou nomear um coordenador que terá status de secretário. Eu vou presidir todas as reuniões, as metas serão estabelecidas com as deritrizes do prefeito. Não importa se o coordenador é cuiabano ou não. O que importa é que o prefeito será o secretário. O prefeito é Cuiabano de “tchapa e cruz”. O prefeito representa Cuiabá dos novos tempos e dos 300 anos”, disse o chefe do Executivo municipal.
Pinheiro também disse que a Sec 300 não terá orçamento próprio para evitar gastos e que reduziu de 37 para 16 cargos a secretaria.
“Não existe cabidão de empregos. Primeiro, porque não existe gastos e sim investimentos. A estrutura inicial da secretaria era de 37 cargos e eu cortei para 16 porque quero uma Pasta enxuta. A Pasta não terá orçamento e os 16 não precisam ser nomeados agora. Essa é uma secretaria para preparar Cuiabá para os 300 anos. Não será só para festas, mas para obras, ações, projetos e festejos que comemorarão o momento único da melhor capital do mundo. Serão 300 ações que serão entregues ainda em nossa gestão”, afirmou.
“Estou pensando grande, longe, macro e não pequeno, no varejo”, concluiu.
Na semana passada, os vereadores Marcelo Bussiki (PSB), Gilberto Figueiredo (PSB) e Felipe Wellaton (PV), afirmaram que entrarão com uma representação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE) para barrar a efetivação da Secretaria Extraordinária Cuiabá 300 anos.
“Nós, da Comissão de Fiscalização, vamos entrar com essa representação para mostrar as falhas do projeto que criou essa secretaria desrespeitando a Lei de Responsabilidade Fiscal”, disse Bussiki que preside a Comissão.
O parlamentar alega que o prefeito não apresentou nenhuma justificativa plausível com projetos essenciais para a Sec 300. “Essa secretaria vai fazer o que outras secretarias já fazem. O que a secretaria de obras já faz, o que o escritório de representatividade e Brasília já faz, o que a secretaria de governo já faz. Infelizmente isso servirá apenas como cabide de emprego que consumirá R$ 1,4 milhão por ano dos cofres públicos”, desabafou o vereador.
“Vamos perguntar para a população se eles querem gastar R$ 1,4 milhão por ano com 16 cargos ou se eles querem esse dinheiro na saúde, nas creches?”, completou.
A nova secretaria foi aprovada na sessão de quinta-feira (6) por 20 votos a três. O projeto prevê a criação da secretaria responsável por discutir projetos e ações – através de requisição de obras, captação de recursos e formalização de parcerias público-privadas – para o tricentenário da Capital.