O secretário de Estado de Cidades, Wilson Santos (PSDB) afirmou que defende a retomada da obra do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), mesmo após a operação “Descarrilho”, que apura fraudes e pagamento de propina nas negociações do modal. No entanto, confirmou que ainda não tem a solução para o problema, já que o diálogo com o Consórcio VLT foi suspenso pelo governador Pedro Traques (PSDB).
“Eu defendo a retomada da obra. Nós temos um dever com a sociedade, não é possível perder mais do que esse Estado já perdeu. Eu tenho defendido que se abra uma consulta com os principais setores para buscar a melhor solução”, assinalou o tucano em entrevista a Rádio Capital FM.
Wilson declarou que desde a “Operação Descarrilho” tem discutido a melhor forma para retomar as obras, já que a proposta inicial era o acordo com o Consórcio VLT Cuiabá. “Eu não tenho uma solução para o VLT. Nós vamos debruçar sobre o tema colocar a mochila nas costas e busca a solução onde ela estiver”, disse em entrevista a Rádio Capital na manhã dessa sexta-feira (11).
Ontem, o secretário da Casa Civil, José Adolpho Avelino Vieira, chegou a dizer que havia a possibilidade de uma consulta popular para saber qual a posição da população, quanto a isso o deputado estadual licenciado disse que não é um posicionamento oficial do governo do Estado.
“Essa posição do secretário Adolfo em relação à consulta popular é uma opinião pessoal dele, o que ele tem o direito de tê-la, mas não é um posicionamento oficial do governo. Acredito que ouvir algumas pessoas, alguns técnicos até para saber de modelos técnicos do exterior para trazer para cá é valido. O importante é garantir segurança ao governador para decidir o que deve ser feito”, ponderou Wilson.
Desde que assumiu a secretaria, Wilson tem defendido a retomada da obra do modal. Em julho, o Ministério Público Federal (MPF) e o Ministério Público Estadual (MPE) não emitiram parecer favorável ao acordo firmado entre o governo e o consórcio responsável pelas obras do modal. O Governo e o consórcio refizeram os termos do acordo e aguardavam dos órgãos de controle para retomar as obras.