O Governo de Mato Grosso conseguiu obter a licença ambiental para realizar as obras de revitalização do Complexo Turístico da Salgadeira, localizado às margens da MT-251, rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães (60 km da Capital). O secretário adjunto de Turismo, Luis Carlos Nigro, disse ao que as obras terão início ainda este ano e o prazo para entrega é dia 8 de abril de 2018, aniversário de Cuiabá.
A licença ambiental foi obtida na última quinta-feira (10). O próximo passo é a realização da licitação para definir quem vai tocar as obras do local, que é um dos favoritos para lazer tanto de turistas quanto de cuiabanos.
“Em 30 a 45 dias teremos a conclusão da licitação e até o aniversário de Cuiabá a obra será concluída”, disse o adjunto.
“O secretário Wilson Santos já fez todo o replanilhamento [alterações contratuais e financeiras] da Salgadeira e nós já estamos aptos a fazer a nova licitação para retomada das obras”, afirmou Nigro.
O governador Pedro Taques (PSDB) disse em coletiva à imprensa que os problemas que envolvem as obras da Salgadeira já vêm sendo discutidos há dois anos. Ele afirmou que usufruir do local é um direito do cidadão.
“A Salgadeira é uma obra parada. Nós estamos há dois anos tentando resolver. Todos os dias verifico com o Wilson e o Nigro, porque é um direito constitucional do cidadão ir à Salgadeira. Tem gente que pode ir para outros países, outros estados, mas há muita gente que não pode viajar e têm direito a visitar a Salgadeira, com regras estabelecidas”, disse Taques.
Além disso, o Governo ampliou a capacidade de fornecimento de água e até o dia 25 vai entregar uma obra de R$ 17 milhões em Chapada dos Guimarães, que deve resolver o problema de falta de água que acontece principalmente em períodos de festividades.
Obra da Copa
O local foi interditado inicialmente em 2010, ainda na gestão do ex-governador Silval Barbosa (PMDB).
As obras de revitalização da Salgadeira tiveram início em janeiro de 2014, com previsão de entrega até a Copa do Mundo, realizada em junho daquele ano. O local era um dos principais pontos turísticos do Estado e segue abandonado.
A primeira paralisação da obra ocorreu em dezembro de 2014, após falhas no projeto serem detectadas. Posteriormente, em junho de 2015, os serviços no local foram retomados, mas paralisaram novamente em setembro.
Em março de 2016, no terceiro cronograma apresentado pelo Consórcio Salgadeira – formado pelas empresas Farol Empreendimentos e Ypenge Projetos Florestais e Ambientais, estava previsto que a primeira parte da obra seria entregue no primeiro semestre de 2017, o que não foi cumprido.
Ao longo do contrato, vários cronogramas foram descumpridos e a obra que quase não tinha movimentação nenhuma foi deixada de vez e segue paralisada.
O valor total da obra está orçado em R$ 6,37 milhões do Programa de Desenvolvimento Sustentável do Turismo (Pró-Turismo) do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O Estado corre o risco de perder este financiamento.
O projeto consiste em revitalizar 72,4 mil metros quadrados do local que vai dispor de espaços exclusivos para trilhas, passeios, estacionamentos e outros.
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