A Controladoria Geral do Estado (CGE) abriu Processo Administrativo de Responsabilização contra Consórcio VLT, responsável pela implantação do modal sobre trilhos entre Várzea Grande e Cuiabá. O objetivo é apurar supostas irregularidades praticadas pelo Consórcio durante a escolha do modal e sua execução, investigados pela Operação Descarrilho deflagrada pela Polícia Federal no último dia 9 de agosto.
O objetivo do processo aberto pela CGE é investigar a responsabilidade das empresas envolvidas no Consórcio, e os possíveis crimes imputadas a eles no âmbito do inquérito policial. A PF aponta fortes indícios de acertos de propina por parte de empresários ligados ao Consórcio VLT Cuiabá-Várzea Grande, bem como desvio de recursos por intermédio de empresas subcontratadas pelo Consórcio.
De acordo com denúncias que resultaram na Descarrilho, Dezoito milhões de reais foram consumidos com o pagamento de propina pela empresa CR Almeida, integrante do Consórcio VLT Cuiabá/Várzea Grande, ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), conforme admitiu ele em depoimento ao Ministério Público Federal.
A conclusão do VLT estava prevista para meados de 2014 e deveria custar mais R$ 922 milhões aos cofres públicos em valores atualizados. O valor é inferior ao R$ 1,2 bilhão solicitado pelo Consórcio VLT. O orçamento inicial para construção do VLT entre Cuiabá e Várzea Grande é de R$ 1,477 bilhão. Até agora, o Governo já desembolsou R$ 1,066 bilhão. O secretário de Estado de Cidades (Secid), Wilson Santos, afirmou nesta terça-feira (17) que as obras do VLT serão retomadas em 2018, porém não serão concluídas na atual gestão.