Terminais de transporte em Cuiabá passam por reforma

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Enquanto não realiza a licitação que deverá resultar em melhorias mais expressivas para o usuário do transporte coletivo, a Prefeitura de Cuiabá lança mão de paliativos para tentar amenizar alguns problemas existentes no sistema público de passageiros da capital, prestes a completar 299 anos. Uma das medidas são pequenos reparos nos terminais do CPA I e III, locais que têm a promessa da administração municipal de serem totalmente reestruturados para que funcionem no estilo da Estação Alencastro, que é climatizada.

Sem melhorias, os usuários reclamam dos problemas que enfrentam diariamente ao pegarem ônibus, especialmente, ao passarem pelos terminais que ficam na região do CPA. Entre eles, falta de segurança e de limpeza, precariedade e mau cheiro nos banheiros, superlotação nos coletivos, além do valor da tarifa, que hoje é de R$ 3,85. Em cada uma dessas estações, passam aproximadamente cinco mil pessoas diariamente.

A execução dos reparos em iluminação e nos banheiros que ficam nos terminais foi decida em uma reunião realizada há cerca de uma semana entre representantes das empresas (Pantanal, Norte-Sul e Integração) e da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob). No encontro, os empresários e o secretário Antenor Figueiredo acertaram a execução dos consertos no CPA I e III. Também garantiram resolução para falhas em alguns validadores (que fazem a leitura do cartão) e que estavam com problemas na configuração.

Mas, para os usuários as medidas não são suficientes. “Esse terminal teria que ser totalmente reformado. Nos banheiros ninguém entra por que o cheiro é insuportável”, disse a estudante Gabriely Brasil, 18 anos, enquanto aguardava ônibus que faz a linha 311, no Terminal do CPA III.

A autônoma Janaína Fernanda de Magalhães, 28 anos, também reclama das condições dos banheiros, dos bancos e da limpeza no terminal. Assim como Gabriely Brasil, ela relata ainda a falta de segurança e conta que já foi assaltada no local. “Foi no dia 22 de janeiro, por volta das 18 horas. Um rapaz passou por mim e puxou a minha bolsa. Levou todos os meus documentos. Registrei boletim de ocorrência, mas não recuperei nada. Tive que fazer tudo de novo. Além de melhorias estrutura, aqui é um local que necessita de muita segurança”, cobrou.

Janaína Magalhães afirma ainda que há uma semana enfrentou problemas para fazer integração de uma linha para outra dentro de um ônibus. “Eu pego o Altos da Serra e pego outro ônibus aqui no terminal. Na semana passada tinha acabado de colocar crédito e não consegui fazer a integração. Tive que pagar outra passagem”. Ela afirma que procurou a Associação Mato-grossense dos Transportadores Urbanos (AMTU), no Centro, para a devolução do dinheiro, mas não conseguiu.

Durante a reunião, também houve a garantia de que motoristas dos coletivos estão sendo orientados para fazer uma parada mais segura e tranquila na Estação Alencastro, que fica na Avenida Getúlio Vargas, no centro da capital.

O terminal da Alencastro foi inaugurado no dia 03 de janeiro deste ano. O espaço tem capacidade para receber até cinco mil passageiros por dia e conta com 150 placas solares, o que o transformou no primeiro ponto de ônibus climatizado da capital. O investimento foi de pouco mais de R$ 1 milhão.

Conforme a Semob, na cidade, está prevista ainda a construção de pelo menos outros oito pontos climatizados, sendo um deles na Praça Ipiranga, Maria Taquara, Praça Bispo, e nos terminais do CPA, entre outros. Mas, ainda não há previsão de início de novos trabalhos com esse objetivo. Procurada pela reportagem do Diário, a Secretaria de Mobilidade Urbana não se posicionou sobre a realização da licitação do transporte, processo que vem sendo prometido desde a gestão anterior e compromisso assumido pela atual administração.

Fonte: Folhamax