O governo de Mato Grosso voltou a adiar a inauguração da obra de revitalização do Complexo Turístico da Salgadeira, localizado às margens da Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251), em Cuiabá. O evento já havia sido previsto para março e chegou a entrar no calendário do aniversário de 299 anos da capital, mas foi adiado.
A reabertura estava prevista, enfim, para ocorrer no domingo (22), mas foi cancelada neste sábado (21) por falta de definição sobre uso do local por banhistas e falta de administrador para o restaurante.
Orçada inicialmente em R$ 6 milhões, a obra teve custo final de R$ 12 milhões e foi interrompida várias vezes por falhas no projeto e problemas contratuais, entre outros motivos. Iniciada em 2010, a obra deveria ter ficado pronta para a Copa do Mundo de 2014.
O complexo, que é um dos principais pontos turísticos de Mato Grosso, está fechado há sete anos, após serem encontradas inúmeras irregularidades ambientais, como o risco de acidentes com banhistas por possíveis desabamentos da encosta da cachoeira e resíduos a céu aberto.
Quando for inaugurada, a entrada dos visitantes na Salgadeira deverá ser gratuita, segundo o governo.
A obra
Quatro mirantes foram instalados, além de lojas de souveniers e restaurantes. O estacionamento foi ampliado. Nos mirantes, os visitantes podem contemplar a vista das montanhas de Chapada dos Guimarçaes. O estacionamento tem capacidade para 100 carros e seis ônibus.
Para não prejudicar o meio ambiente, foi construída uma trillha suspensa com 560 metros, que tem luzes de LED movidas à energia solar.
Faz parte do projeto, ainda, uma passarela metálica ligando os dois lados do complexo, passando sobre a MT-251.
Por enquanto, o local é proibido para banho, mas o governo e o Ministério Público Estadual estariam realizando estudos para garantir o uso do local como balneário, de forma controlada.
Irregularidades
Em janeiro deste ano, uma fiscalização da Superintendência Regional do Trabalho em Mato Grosso (SRTE-MT) flagrou irregularidades nas obras de revitalização e, por causa das irregularidades, as obras foram embargadas temporariamente.
Na ocasião, três pontos vistoriados durante a fiscalização continham irregularidades, de acordo com o relatório elaborado: andaimes irregulares sem ponto para fixação de cinto de segurança; componentes elétricos sem proteção; máquinas pesadas sem sinalização de ré e falta de habilitação dos condutores.
Fonte: G1 MT