Apesar de problemáticas, obras de mobilidade deram fôlego ao trânsito de Cuiabá

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Basta sair de casa nos ‘famosos’ horários de pico para saber que o trânsito cuiabano ainda precisa de muitas melhorias. Porém, a situação poderia estar ainda pior, se não fossem as obras de mobilidade urbana feitas com o objetivo de preparar a capital mato-grossense para a Copa do Mundo de 2014. Apesar de problemáticos, os projetos acabaram dando fôlego, ainda que não o ideal, para a deficitária malha viária de Cuiabá.

Ao longo dos seus mais de 13 quilômetros, sendo mais de 12 dentro de Cuiabá, a avenida Miguel Sutil, construída em 1967, foi a que recebeu os maiores benefícios. Entre os projetos construídos no anel do contorno da área urbana estão as trincheiras Jurumirim, Verdão, Santa Rosa e Ciríaco Cândia. Além disto, também aparece o viaduto do Despraiado.

Porém, o fôlego que a capital mato-grossense ganhou é curto. Segundo o secretário de Mobilidade Urbana de Cuiabá (Semob), Antenor Figueiredo, “apesar de ter vindo em uma hora propícia, estas obras já estão saturadas. Temos que achar um ‘botãozinho’ para apertamos, procurar uma solução. Acredito que precisamos investir em transporte de massas. Cuiabá tem uma frota de 450 mil veículos, quando junta com as cidades vizinhas chega a quase 700 mil”.

Necessariamente, as obras não faziam parte da Copa do Mundo, mas foram juntadas com o objetivo de melhorar a mobilidade urbana da ‘Cidade Verde’. Há poucos dias do Mundial, o ex-governador Silval Barbosa fez um mutirão para entregar todas elas, mesmo que ainda não estivessem finalizadas ou fossem recebidas pelo governo.

Por conta disto, muitas delas apresentaram defeito tempos depois. Entre as desconformidades encontradas estavam: má qualidade do asfalto, problemas com infiltrações, entre outros. No governo de Pedro Taques (PSDB), as empresas foram obrigadas a realizar os reparos.

A trincheira Jurumirim é uma das mais problemáticas. A maior de todas as obras de mobilidade está judicializada, já que o Executivo e a construtora não entram em acordo. Vários problemas já foram detectados e, enquanto isto, o asfalto também só piora. Neste local, também chama atenção um erro no projeto, que só permite a passagem de uma pista no fim da trincheira, sentido rodoviária.

Sobre as dificuldades com o trânsito, o secretário de Mobilidade Urbana comentou que “precisamos investir nas vias arteriais. Cuiabá tem muitas destas. Um exemplo: no Belvedere tem 900 metros de uma rua que está sem asfalto que sairá na avenida do CPA. Se finalizarmos isto, quantos carros vou tirar da Estrada do Moinho e avenida das Torres? Temos que investir nelas e estamos fazendo”.

Cuiabá também recebeu obras que auxiliaram o trânsito em outros pontos, como é o caso do Complexo Viário do Tijucal e o viaduto da Dom Orlando Chaves. Este último, deveria ser uma trincheira, mas pela falta de tempo houve uma mudança no projeto.

Para tentar acabar com alguns gargalos, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), anunciou a construção de dois viadutos, sendo um na avenida Beira Rio e outro na avenida das Torres. Ao todo, o custo estimado dos projetos é de R$ 51 milhões.

Confira abaixo imagens registradas pelo repórter fotográfico do Olhar Direto, Rogério Florentino:

Fonte: Olhar Direto