Produção de tilápia cresce e MT ocupa 4ª posição em peixes de cultivo do país

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Assim como no Brasil, a produção de peixes em cativeiro também avança em Mato Grosso. A oferta de matéria-prima para produção das rações é o grande trunfo que o Estado tem para atrair cada vez mais investimentos em piscicultura. O peixe é um alimento cada vez mais presente na mesa do brasileiro, especialmente a tilápia. Mato Grosso ocupa a 4ª posição entre os dez maiores estados produtores, ofertando ao mercado 54,51 mil toneladas em 2018.

O Estado é o melhor representante do Centro-Oeste nesse ranking nacional.  Considerando apenas a tilápia, Mato Grosso produziu 2,5 mil t da espécie no ano passado, um aumento de 640 toneladas comparado a 2017. No ano passado, Mato Grosso autorizou a produção de tilápias em tanques-rede e passou a contabilizar 694 estabelecimentos de aquicultura especializados em tilápias.

Conforme o anuário Peixe BR da Piscicultura, a espécie encabeça a lista dos peixes de água doce mais produzido no Brasil, atingindo 400,28 mil toneladas (t) em 2018, 11,9% a mais que no ano anterior.

Atualmente, de acordo com o Censo Agropecuário 2017, do IBGE há mais de 455 mil unidades de criação de organismos aquáticos em todo o país. O Sul segue na liderança com 273.015 estabelecimentos, responsável por 60%, Sudeste (57.074), Nordeste (48.881), Norte (48.286) e Centro-Oeste (28.285). Os cinco estados líderes em produção de tilápias são Paraná (123 mil t), São Paulo (69.500 t), Santa Catarina (33.800 t), Minas Gerais (31.500 t) e Bahia (24.600 t), que juntos produzem cerca de 70% de toda tilápia nacional.

Em relação à oferta de peixes de cultivo no país, o Anuário destaca os dez maiores, que pela ordem são: Paraná (129,90 mil t), São Paulo (73,20 mil t), Rondônia (72,80 mil t), Mato Grosso (54,51 mil t), Santa Catarina (45,70 mil t), Maranhão (39,05 mil t), Minas Gerais (33,15 mil t), Goiás (30,63 mil t), Bahia (30,46 mil t) e Mato Grosso do Sul (25,85 mil t). Veja quadro ao lado.

O país é o quarto maior produtor de tilápias do mundo, atrás da China (1,86 milhão t), Indonésia (1,25 milhão t), Egito (860 mil t) e à frente de Filipinas (330 mil t) e Tailândia (250 mil t). De acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) o mundo produziu 84 milhões de toneladas de peixes de cultivo em 2018 e o objetivo é superar 100 milhões t em 2025. A tilápia foi responsável por 6 milhões de toneladas em 2018 e o Brasil contribuiu com aproximadamente 400 mil t, representando 6,67% do total global.

As perspectivas para 2019 são otimistas. Conforme dados da FAO, a China deve produzir em torno de 1,93 milhão de toneladas este ano, Indonésia 1,35 milhão de t, Egito 900 mil t, Brasil 450 mil e Filipinas 350 mil e a demanda global por proteínas deve aumentar 16% até 2025.

MERCADO – No passado, de acordo com a Secretaria de Comércio Exterior e Serviços (SECEX), o Brasil exportou US$ 136 milhões em pescados congelados, frescos e refrigerados. Deste valor, em torno de US$ 5,5 milhões foram tilápias, espécie responsável por 55,4% da produção total de peixes do país. Apesar da produção de peixes cultivados, o Brasil é um grande importador de pescados, sinalizando para toda a cadeia que é possível crescer bastante.

Fonte: Cuiabano News