Ao menos 2 mil estudantes se reuniram no início da tarde desta quinta-feira (30), na Praça da República, em Cuiabá, em manifestação contra os cortes na educação anunciados pelo Ministério da Educação.
Eles devem sair em passeata pelas ruas do Centro. Previsão é de que subam a avenida Getúlio Vargas até o Liceu Cuiabano, depois desçam a Isaac Povoas até a Prainha. Destino final é a praça, novamente.
Cortes foram anunciados pelo ministro da Educação, Abraham Weintraub. Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT) deve deixar de receber R$ 31 milhões, enquanto Universidade Federal ed Mato Grosso (UFMT) ficará sem R$ 34 milhões.
As duas instituições, conforme já anunciaram os reitores, devem ter funcionamento inviabilizado por falta de dinheiro para manter recursos básicos, como água e energia. Expectativa é que só haja aula até o final do primeiro semestre letivo.
Este é o segundo ato em Cuiabá contra os cortes. O primeiro, no dia 15 de maio, reuniu cerca de 6 mil pessoas, segundo estimativa da Polícia Militar (PM) e dos organizadores do evento.
Estudante do 5º semestre de psicologia, Valquíria da Silva Ferreira, a primeira de sua família a ingressar na universidade pública, teme que não consiga concluir a graduação. “Eu não tenho condição de pagar uma universidade particular e a minha única possibilidade é por meio da universidade pública, uma vez que ela deixe de existir ou que ela não seja pública e gratuita eu não tenho condição de pagar e isso vai impactar não só a mim como toda a minha família”, disse.
De acordo com um dos organizadores do evento, Vinicius Brasilino, os atos estão sendo organizados desde o anúncio dos cortes pelo Governo Federal. O objetivo é chamar a atenção dos membros da comunidade acadêmica e população para a importância da universidade. “A gente não aceita que o governo diga que nas universidades só tem balbúrdia. Na verdade a universidade produz conhecimento, ensino e extensão para o desenvolvimento da nossa nação. É por isso que estamos na rua: para defender a universidade e nosso direito de estudar”, disse.
Fonte: Gazeta Digital