Hospital Central será entregue em 2 anos, diz secretário de Saúde

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Com capacidade prevista de 290 leitos, o Hospital Central de Mato Grosso será entregue em dois anos. A afirmação é do secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figueiredo, que está à frente da SES desde que Mauro Mendes assumiu o Governo do Estado, em janeiro deste ano.

Com perfil gestor e entregando resultados ao setor público desde 2013 – quando assumiu a Secretaria de Educação de Cuiabá – Gilberto Figueiredo pontua que a equipe da SES está focada no desenvolvimento do projeto desde março deste ano. A obra inacabada do hospital está localizada no Centro Político Administrativo de Cuiabá desde 1984 e será retomada pelo Governo do Estado já em 2020.

“O objetivo é oferecer uma estrutura moderna e que atenda a alta complexidade em Mato Grosso”, disse o gestor. Conforme explica Gilberto, existem nove mil metros quadrados de paredes levantadas que serão reaproveitados, com readequações e correções das ineficiências que o parecer técnico apresentou.

“A parte que já está levantada será voltada para a enfermaria. Além disso, vamos construir 23 mil metros quadrados. Isso mostra que se trata de um novo hospital. A decisão de manter o nome tem como base a historicidade da instituição, assim como fizemos no Hospital Estadual Santa Casa”, Falou Gilberto.

TRÂMITE – O edital de licitação deve ser lançado em janeiro de 2020 e, assim que ocorrer a assinatura do contrato, o início da obra será imediato.

“Nosso propósito é de finalizar o Hospital Central e tenho convicção de que isso vai acontecer. E a convicção parte do princípio que estamos com o projeto 100% pronto. Lançando o edital de licitação em janeiro, até abril devemos ter o julgamento da empresa escolhida e, 24 meses após a assinatura, a conclusão do hospital será entregue à população”, afirma o titular da Saúde de Mato Grosso.

GARGALO – A iniciativa de retomar as obras do Hospital Central começou em março deste ano. À época, o secretário Gilberto convidou o governador Mauro Mendes e equipe técnica para visitarem o local com o objetivo de sensibilizá-los para que o local atendesse ao gargalo da alta complexidade.

Conforme dados da SES, Mato Grosso possui uma demanda reprimida de pelo menos 65 mil procedimentos. “Precisamos e vamos mudar este cenário”, destaca Figueiredo. Com o hospital, a SES visa também minimizar os problemas com o déficit de leitos da alta complexidade, os altos custos com o serviço de Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e, ainda, a judicialização da Saúde.

SANTA CASA 

Questionado sobre a garantia em finalizar uma obra parada há quase quatro décadas, Figueiredo afirma que tem foco em resultados, assim como o governador Mauro Mendes. Ele enumera alguns desses resultados, como a adimplência do Estado para com os repasses aos municípios, o resgate dos hospitais das Organizações Sociais de Saúde (OSS) e, ainda, a entrega em 60 dias do Hospital Estadual Santa Casa – que antes era administrado pelo município e enfrentou graves problemas de gestão.

“Nossas unidades não têm problemas de suprimentos, estão 100% abastecidas. Todos os nossos hospitais no Estado estão recebendo investimento em infraestrutura, reforma e equipamentos. Fizemos processo seletivo e contratamos pessoal que estava faltando em todos os hospitais. As fontes que temos para construção desse hospital são várias. Uma delas é o acordo que o governador Mauro Mendes fez com o Ministério Público, e que é altamente impactante. Os recursos serão suficientes. E ainda temos uma carta da manga, que seria demandar ajuda do Ministério da Saúde”.

PROJETO 

De acordo com o projeto apresentado pela SES-MT, o Hospital Central terá aproximadamente 32 mil metros quadrados de área total construída, sendo 9 mil da estrutura antiga e 23 mil de ampliação. O custo da obra é estimado em R$ 135 milhões e deverá ser executada com recursos oriundos das ações de combate à corrupção, realizadas pelo Ministério Público do Estado (MPE).

O Hospital Central terá nove salas cirúrgicas e ainda contará com 60 leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), 36 leitos da Unidade de Cuidados Intensivos (UCI), 21 leitos de Pronto Atendimento, 44 leitos de retaguarda e 129 leitos de enfermaria; um total de 290 leitos voltados para o atendimento de toda a população mato-grossense.

Dentre as especialidades previstas para o hospital, está a Cardiologia, Neurologia, Vascular, Ortopedia, Otorrinolaringologia, Urologia, Ginecologia, Infectologia e Cirurgia Geral.

Fonte: Cuiabano News