O comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Jonildo José de Assis, assinou a demissão do cabo Wellington Bispo Nunes e do soldado Edoriel Tales Taques Albuquerque das fileiras da PMMT. As portarias foram publicadas no Diário Oficial do Estado desta sexta-feira (31). Eles foram presos em julho de 2017 acusados de integrar uma quadrilha que torturou e manteve refém uma família para cobrança de uma dívida na cidade de Santa Luzia, no Maranhão.
Wellington e Edoriel integravam o Batalhão de Ronda Ostensiva Tática Móvel (Rotam) da PMMT. Eles teriam sido contratados por um empresário de Mato Grosso para viajar ao estado do Maranhão apenas por causa da cobrança de uma dívida de 4 mil sacas de soja, de uma família de fazendeiros que havia comprado maquinário agrícola da empresa de um dos acusados.
O delegado Alex Coelho, da delegacia de polícia de Santa Luzia, à época disse ao Olhar Direto que os quatro chegaram à fazenda armados com armas de fogo de uso restrito (como uma espingarda calibre 12) e amarraram, torturaram e ameaçaram matar a família de fazendeiros.
Eles foram submetidos a um Procedimento Administrativo Disciplinar (PAD). Na portaria publicada nesta sexta-feira (31) o comandante-geral da PMMT entendeu que ficou comprovado que os dois cometeram os fatos pelos quais foram acusados, bem como infringiram o Regulamento Disciplinar da Polícia Militar do Estado de Mato Grosso, “bem como contrariou valores éticos, morais, deveres e obrigações”, todos do Estatuto dos Militares do Estado de Mato Grosso.
O coronel Jonildo José de Assis então demitiu o cabo Wellington Bispo Nunes e do soldado Edoriel Tales Taques Albuquerque das fileiras da PMMT, a contar do último dia 29 de janeiro de 2020.