O secretário de Estado de Infraestrutura (Sinfra) Marcelo Oliveira, o Marcelo Padeiro, chamou de ‘filhos da p*’ os responsáveis por desviar recursos do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT), que estava previsto para a Copa do Mundo de 2014, mas nunca concluído. A declaração foi dada durante entrevista à Rádio Capital FM na manhã desta segunda-feira (03).
Padeiro afirmou que a população precisa saber quem são os responsáveis pela obra bilionária que está parada há mais de 5 anos.
“Acho que a população de Mato Grosso tem que ter o direito de saber quem eram os bandidos, desculpe as expressões, os filhos da p* que pegaram o dinheiro público do Estado”.
As críticas do secretário são referentes às cobranças que a gestão Mauro Mendes (DEM) no governo vem tendo para que seja tomada uma decisão em relação ao modal.
“Essa mesma ênfase de cobrança deveria ter sido feita na época e cobrar os responsáveis pela fiscalização dessas obras do VLT. Não é à toa que estamos vendo delações e mais delações sendo colocadas na nossa cara. Sendo jogadas na nossa cara de manhã, de tarde e de noite. Porque pessoas que eram para estar fiscalizando a boa aplicação do dinheiro público, estavam pegando mesada no palácio do Governo”, atacou.
Padeiro ainda argumenta ter orgulho em dizer que trabalhou na Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo e nem por isso seu nome aparece em delações.
“Trabalhei na Secopa e tenho orgulho de falar, agora pergunta se meu nome aparece em alguma delação? Pergunta se meu nome aparece em alguma conversa fiada de empreiteiro. Isso não tenho”, pontua.
Solução
Ainda este ano, o governador Mauro Mendes disse que espera o resultado de um estudo para definir qual solução será dada para resolver as obras empacadas do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), a qual ele define como “grande confusão”.
A obra já consumiu mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e está paralisada há mais de 5 anos.
Desvios de dinheiro
Auditoria feita pelo Governo do Estado, na gestão Pedro Taques (PSDB), e a delação do ex-governador Silval Barbosa apontam que pelo menos R$ 80 milhões foram desviados dos cofres públicos.
À época, o então controlador-geral do Estado, Ciro Gonçalves, destacou o grupo de Silval cobrou 3% sobre o R$ 1,5 bilhão. A propina era paga pelo Consórcio VLT, responsável pela obra do modal.
Fonte: Repórter MT