Obra está parada desde 2014 e já custou mais de R$ 1 bilhão aos cofres do Governo de Mato Grosso
Dezenas de famílias ocuparam irregularmente uma área verde destinada a ser o ponto final do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) na região do CPA, em Cuiabá.
Conforme Vicente Vuolo, líder do Movimento Pró-VLT, o local é uma área desapropriada para a construção do terminal. Nos últimos meses, porém, famílias começaram a construir barracões no lugar, dando início a um grilo.
A área fica localizada entre a Avenida Historiador Rubens de Mendonça, a Avenida do CPA, e a Avenida Osasco, no Bairro Morada da Serra.
Vuolo disse que os moradores do bairro estão descontentes com a ocupação, pois eles ainda têm esperança da construção do VLT, obra que está parada desde 2014 por fraudes nos contratos.
“Já tem alguns meses. Começou com um ou dois. Existe uma indignação porque existem moradores que esperam que o VLT chegue lá. Os moradores querem o VLT. Fica parecendo um descaso”, afirmou.
Pelo projeto, a obra deveria ter sido entregue ainda em 2014 para Copa do Mundo. O VLT teria 22 quilômetros de trilhos e passaria por Várzea Grande, Bairro do Porto, Centro, região do Coxipó e CPA.
Segundo o líder do movimento, o Estado paga R$ 4 milhões por mês de juros por um empréstimo de R$ 1 bilhão para a realização da obra. Por isso, ele defende a reintegração de posse o quanto antes para retomar a obra.
“Não há mais tempo, o Governo tem que tomar essa providência, reintegração de posse, imediatamente. Isso é dinheiro público, que nós pagamos. São R$ 48 milhões por ano para nada. Nós não podemos jogar esse investimento no lixo”, revelou.
Vuolo ainda disse que o Grupo de Trabalho responsável pelo VLT já enviou um relatório final para o governador Mauro Mendes.
“O momento é muito oportuno para cobrar isso das autoridades porque está prestes a ser anunciado, estamos na expectativa que o governador deva anunciar a retomada das obras. Foi isso que o relatório final do Grupo de Trabalho que foi criado determinou”.
Outro lado
Por meio de nota, o Governo limitou-se a dizer que já está a par da situação e o caso foi encaminhado para a Procuradoria Geral do Estado (PGE), que deve tomar as providências.
Fonte: MidiaNews