Responsável pelo marketing da campanha que levou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) ao comando do Palácio Alencastro, em 2016, o jornalista Antero Paes de Barros acredita que, desta vez, o emedebista sequer conseguirá chegar ao segundo turno.
Em entrevista ao MidiaNews, Antero disse discordar da tese defendida por muitos dando conta de que o atual prefeito seria o nome a ser batido – até em razão de ter a máquina na mão.
“É impossível, nesse momento, saber quem será o futuro prefeito de Cuiabá. Mas posso afirmar quem não será: Emanuel Pinheiro. Ele não conseguirá se reeleger. Emanuel Pinheiro não conseguirá enterrar a bandeira da ética e do combate à corrupção. Não acredito que o Emanuel vá para o segundo turno. Pode se preparar para outra disputa”, disse.
Antero disse considerar forte nomes como o do ex-deputado Fabio Garcia (DEM), do ex-prefeito Roberto França (Patriotas), do empresário da comunicação Dorileo Leal (PSDB), da ex-superintendente do Procon Gisela Simona (Pros) e também dos vereadores que fazem oposição à atual gestão: Felipe Wellaton (Cidadania), Abílio Júnior (Podemos) e Marcelo Bussiki (DEM).
Na avaliação dele, além do episódio do Paletó, Emanuel tem outros pontos que pesam contra sua administração, a exemplo da Operação Sangria, que levou à prisão o ex-secretário de Saúde Huark Douglas.
Ainda durante a entrevista, Antero fala sobre as projeções a respeito da disputa ao Senado, que também ocorrerá em novembro, além de fazer uma análise sobre o Governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem ele classifica como uma “ameaça à democracia”.
Veja os principais trechos da entrevista:
MidiaNews – A pandemia do coronavírus trouxe o isolamento social e mudanças de comportamento. As pessoas estão mais conectadas, por exemplo. Isso muda a maneira dos eleitores encararem a política e as eleições? Como?
Antero Paes de Barros – Creio que a pandemia vai trazer uma cultura diferente nessa eleição. Teremos menos corpo a corpo e mais uma comunicação usando os veículos de comunicação de massa. Onde coloco o rádio, televisão e também a questão de internet, das mídias sociais, que serão fundamentais nessa campanha.
Acredito que terá menos contato com o eleitoral, embora o contato vá existir. Até porque, se você verificar o decreto baixado nesta semana pelo governador Mauro Mendes autorizando os eventos, ele acaba por autorizar também as reuniões partidárias. Ficou autorizado eventos com 100 pessoas, 200 pessoas, para candidaturas de vereadores, prefeitos não precisa mais que isso. Os comícios já não existem, mas as pequenas reuniões poderão ser feitas. E já estão autorizadas pelo governador e pelo prefeito.
E acredito que o candidato que se expor fazendo uma massiva contratação de cabos eleitorais pode ter sua imagem diminuída aos olhos da população, principalmente se no período eleitoral aumentar o índice de contaminação da Covid. Vão ter que se preocupar com isso também.
MidiaNews – Então, uma das diferenças entre esta campanha e anteriores será também esse cuidado com medidas de biossegurança, sob pena de o candidato ser “penalizado” caso haja uma grande exposição própria ou de seus cabos eleitorais?
Antero – Exatamente. O candidato terá que ter o cuidado que ele recomenda ao eleitor na hipótese de ser eleito. O cidadão que é postulante a prefeito de Cuiabá não pode agir de forma irresponsável na campanha eleitoral. Candidato tem que ter esse cuidado, independente do cargo. Isso vale para vereador e senador também.
MidiaNews – Pensando nesse aspecto de diminuição do corpo a corpo, das mobilizações, isso favorece os candidatos mais conhecidos, os que tentarão a reeleição, por exemplo?
Antero – Sim e não. Fortalece os mais conhecidos, indiscutivelmente. Mas ao mesmo tempo possibilita uma menor desigualdade entre as campanhas. A menor desigualdade que digo é no volume de campanha. Quer dizer, um candidato muito rico, com muitos recursos, que tenha recursos para distribuir para vereadores e etc, pode por um exército de gente na rua – autorizado pela lei – pedindo voto. Mas acho que vai haver uma diminuição disso. Então, acho que a mídia – os veículos de comunicação de massa e a mídia social – vão facilitar mais essa relação público e eleitoral.
MidiaNews – Você citou a importância das redes sociais, elas serão um fator crucial nesta campanha? Essa ferramenta será utilizada pelos candidatos de forma mais intensa do que em pleitos passados?
Antero – Cada campanha aumenta o peso da rede social. Só que tem um problema: as redes sociais estão com baixíssima credibilidade por causa das fakes news. Se você prestar atenção nas pesquisas recentes feitas no Brasil, vai verificar que o jornal, o rádio e a televisão têm muito mais credibilidade que a rede social. Porque, hoje, na rede social para você mentir, colocar alguém falando algo que não falou é uma coisa tecnicamente possível. O que é um absurdo. Algumas pessoas usam a rede social equivocadamente, usam de forma errada para destruir reputações. Quando acho que elas têm que construir as teses defendidas pelo candidato.
MidiaNews – Nesse momento, o eleitor está mais preocupado em ver o que o candidato tem para apresentar do que atacar ou destruir seus adversários?
Antero – Não tenho a menor dúvida quanto a isso. Acho que essa fase de destruir reputações deveria ser uma página virada na política brasileira. Infelizmente, não é.
MidiaNews – Outro ponto que você citou foi sobre as fake news, qual o perigo do uso de fake news na campanha?
Marcus Mesquita/MidiaNews
Antero – Tem que ver o regramento. Não conheço bem todos os detalhes da nova legislação. Mas acho que a gente tem que vedar o anonimato, vedar a questão dos disparos em massa, os ‘soldadinhos’ e o próprio eleitor tem que fazer um crivo.
O eleitor tem que valorizar o que é assumido pelo candidato. Aquilo que o candidato divulga de forma assumida na sua página é que deve ser valorizado. Se o próprio eleitor fizer esse funil, a gente melhora bastante a política.
MidiaNews – O presidente Jair Bolsonaro se elegeu sem gastar quase nada de dinheiro. Estas eleições podem repetir esse padrão?
Antero – Sobre o presidente Bolsonaro, muita gente acredita que ele se elegeu só na mídia social. Eu diria: mentira. Espalhafatosa mentira. O que acontecia? Ele tinha poucos segundos na televisão, mas gravava uma live lá no hospital falando da facada. Isso tudo aparecia no Jornal Nacional, eram 10, 15 minutos de Jornal Nacional. Aí, falavam “a mídia social do Bolsonaro repercutiu”. Coisa nenhuma. Aparecia no Jornal da Band, Jornal da Record, Jornal Nacional, no SBT, todas as emissoras de rádio e televisão. Todo mudo divulgava. A mídia social foi forte porque reverberava na mídia normal.
Continuo achando que o que vai decidir essa parada vai ser a mídia no rádio, televisão… A comunicação vai ajudar mais do que em outras campanhas. Se em campanhas passadas o cidadão gastava mais na mobilização e menos na comunicação, nessa eleição tem que qualificar a comunicação e gastar menos com mobilização. Até porque, ninguém está querendo receber gente, receber abraço. As pessoas sabem que o distanciamento social é importante. E, aí, tem que usar a comunicação para aproximar as pessoas.
MidiaNews – Sobre o cenário eleitoral aqui na Capital, o prefeito Emanuel Pinheiro dá sinais de que tentará a reeleição e deve polarizar com um candidato do governador Mauro Mendes, provavelmente o Fábio Garcia. Admite um favoritismo do prefeito, por estar com a máquina e ser político profissional?
Antero – É impossível, nesse momento, saber quem será o futuro prefeito de Cuiabá. Mas posso afirmar quem não será: Emanuel Pinheiro. Ele não conseguirá se reeleger. Emanuel Pinheiro não conseguirá enterrar a bandeira da ética e do combate à corrupção. O povo vai continuar a favor da ética e a favor do combate à corrupção. Cuiabá não merece continuar passando essa vergonha nacional e reeleger um prefeito que, mesmo sem processo, sem condenação da Justiça, sem uma sentença transitada e julgada, a população sabe que ele é comprovadamente corrupto.
Vou dizer mais: há um grande equívoco nessa eleição e que está, inclusive, embutido na sua pergunta. Dizem que esse debate vai ser entre o candidato do Mendes e o prefeito. Reconheço que o Mauro é uma grande liderança, foi prefeito em Cuiabá, tem uma forte influência, faz um bom governo e o candidato dele vai ter chances na eleição. Mas eu não acredito que o Emanuel vá para o segundo turno. Pode se preparar para outra disputa. Eu acho que a eleição será em dois turnos, mas acredito que teremos surpresas nessa eleição. Não é favas contadas que será um segundo turno entre Emanuel e o candidato do Mauro. Pode ser que não seja isso.
MidiaNews – Essas surpresas podem ficar por conta dos vereadores de oposição Abílio Júnior e Felipe Wellaton, que são pré-candidatos? Na sua visão também há outros que podem surpreender?
Antero – Temos bons candidatos em Cuiabá e vou listar alguns. O Roberto França tem trabalho comprovado; Gisela Simona é uma pessoa que se fizerem bem o marketing dela pode ter uma boa performance; Dorileo Leal, que deve ser candidato do PSDB, é um empresário bem sucedido, começou como repórter esportivo e construiu um grande grupo de comunicação que tem serviços prestados.
Fabio Garcia é outro forte candidato, o considero um dos mais preparados homens da geração dele. Ele é muito competente. Temos o Abílio e o Wellaton, que são dois grandes nomes da oposição. Surgiu essa informação de que o Abílio pode recuar por questões pessoais e acho inteligente a permanência dele na Câmara de Cuiabá. O perfil dele é de fiscalizador. O Wellaton tem mais perfil de administrador que o Abílio, até pela origem empresarial.
Se o candidato do DEM não for o Fábio Garcia, o partido tem outro grande nome. “Ah, mas não é conhecido”. É verdade, mas é um nome de enorme respeitabilidade, que se chama Marcelo Bussiki. Faz uma oposição equilibrada, técnica, é auditor concursado do Tribunal de Contas e, se for candidato do DEM, ele – com apoio do Mauro Mendes – pode fazer uma campanha bonita. Então, acho que com tantas boas opções, o Emanuel não vai ao segundo turno.
MidiaNews – Há pouco você citou que a população não vai aceitar qualquer tipo de corrupção. Nessa linha, acredita que o “episódio do paletó” foi fatal para o projeto de reeleição do Emanuel?
Antero – Acho que o escândalo do Paletó, não tendo tido nenhuma explicação, ele ter postergado isso, cansou. O povo está cansado do Ministério Público, não há denúncia desse caso. O Judiciário não pode nem ser criticado, pois só pode julgar se tiver denúncia. O povo vai derrotar na urna esse compadrio do Emanuel com o MPE. A população vai fazer valer na urna o que apurou a CPI do Paletó.
Mas o problema do Emanuel não é só paletó. Tem a Operação Sangria, com o roubo do dinheiro na área da saúde. Essas questões têm que ser explicadas na campanha eleitoral. Por que o Huark [ex-secretário de Saúde] foi preso? Pra que serve a Secretaria de Saúde? É para um secretário neófito como tem aí abrir espaço para vereador indicar cargo ou é para colocar gente competente? Tem agora um aspecto contra o Emanuel na Arena Pantanal. Se a Saúde dele funcionasse, o Governo do Estado não precisaria abrir esse Centro de Triagem.
O Emanuel é uma tragédia na área da Saúde, uma tragédia na área do transporte. Diz que fez licitação, mas tem algum ônibus novo na cidade? Essas coisas serão profundamente investigadas.
MidiaNews – Na eleição de 2016, você fez o marketing de Emanuel Pinheiro e depois virou um crítico dele. Isso ocorreu por conta desses fatores que você citou anteriormente?
Antero – Toda pessoa que me contrata, independente de ser Emanuel ou não, eu digo a ele: ‘Fale aqui pra mim o que tem contra você’. Para ver se é possível defender. Perguntei ao Emanuel e o indaguei – antes de ser contratado – sobre o episódio das esmeraldas. Ele disse que estava processando a pessoa e disse que o episódio era perfeitamente explicável por n motivos. Quer dizer, ele apresentou uma argumentação antes. O questionei se havia mais alguma coisa na Assembleia, por exemplo, ele disse que não tinha nada.
Durante a campanha, apareceu uma questão que não o envolvia diretamente, mas envolvia o irmão, que foi o Caso Caramuru. Corremos atrás para defender.
E o episódio do Paletó ninguém sabia, nem eu e nem o povo de Mato Grosso. Não tenho culpa. Ele me disse que não tinha nada na Assembleia que desabonasse a conduta dele e depois nós vimos nas imagens que tinha muita coisa.
MidiaNews – O senhor não vê nenhum mérito na gestão dele? Não há avanços?
Antero – Ele teve algumas secretarias que trabalharam bem. O José Roberto Stopa (Serviços Urbanos) foi um bom secretário. A pasta de Obras, a Educação vai bem – apesar de ter erros em licitação. Ele teve nessas áreas um bom desempenho. No que diz respeito à legalização fundiária, o secretário Air Praeiro fez um trabalho decente, correto, honesto. Agora, é uma tragédia em outros aspectos. A parte de gestão, ele comprometeu o futuro de Cuiabá.
MidiaNews – Em relação a essa unificação das eleições [Senado e municipais], o que muda no cenário? O eleitor pode ficar confuso?
Antero – Eleitor está acostumado a votar em várias eleições, não vai ter confusão. Vai votar pra vereador, prefeito e um senador. Isso o eleitor tira de letra.
Marcus Mesquita/MidiaNews
“O que mudou nessa questão de unificar eleição é que agora os senadores com maior capilaridade com prefeitos e vereadores levarão vantagem”
O que mudou nessa questão de unificar é que agora os senadores com maior capilaridade com prefeitos e vereadores levarão vantagem. O que não acontecia numa eleição de senador “solteira”. Agora teremos o prefeito, os vereadores, os partidos atuando nos Municípios. Eles têm que ir na rua pedir voto pra eles e aí pedem também para o senador que apoiam.
MidiaNews – Na sua opinião, há algum favorito na eleição suplementar ao Senado, que deve ter Carlos Fávaro, Otaviano Pivetta e Nilson Leitão polarizando a disputa?
Antero – A eleição de Senado será dificílima. Além dos três que você citou, que considero políticos respeitados, experientes e que podem ter uma boa performance, eu citaria o Procurador Mauro, que tem o nome massificado em Cuiabá, o José Medeiros e também a tenente-coronel Rúbia. Ela vai ter o apoio do presidente Bolsonaro. Temos, aí, os deputados Elizeu Nascimento, Valdir Barranco.. enfim, uma eleição difícil.
Acho que temos bons nomes e isso possibilitará um bom debate. Por ora, um cenário bem aberto.
MidiaNews – Sobre esse apoio do Bolsonaro, muitos candidatos aqui estão se colocando como aliados ou dando a entender que têm o apoio do presidente. Acha que o presidente será um bom cabo eleitoral em Mato Grosso?
Antero – Divirjo de muita coisa do Governo Bolsonaro, mas acho que ele é um bom apoio. Ele tem uns seguidores meio fanatizados. Então, pra onde ele apontar, a pessoa segue.
Por exemplo, só estou colocando a tenente Rúbia com chances porque ela é o slogan da Selma Arruda nessa eleição. Qual foi a grande mensagem de Selma para ganhar eleição? Que ela era senadora do Bolsonaro. E a tenente-coronel Rúbia foi escolhida pelo Bolsonaro. Sem apoio do Bolsonaro, não colocaria ela pra disputar com essas figuras.
MidiaNews – O senhor está entre os que acreditam que o presidente Bolsonaro representa uma ameaça à democracia? Como avalia a gestão dele?
Antero – Acho que o Bolsonaro é uma grande ameaça à democracia brasileira. Um homem que sai às ruas para defender fechamento do Congresso, fechamento do Supremo Tribunal Federal, que participa de manifestações a favor disso e depois fala que não sabia… Fui secretário da Casa Civil do Governo Dante de Oliveira, e ele só ia a uma manifestação depois de saber como estava, o que era o assunto, etc. Dizer que Bolsonaro foi em uma dessas manifestações sem saber que estavam pedindo o fechamento do Congresso é brincadeira. Então, ele não é um democrata. Ele é um autoritário.
Ele parou com esse autoritarismo porque o filho dele foi flagrado, só por isso. Foram flagrados em um crime. Então, aquele discurso de honestidade morreu.
O que aconteceu essa semana? Foi quebrado o sigilo do Flavio Bolsonaro e aí descobre que o Fabrício Queiroz recebe R$ 26 mil, que era a contribuição dos funcionários da Câmara. Cinco dias depois, são feitos vários depósitos em dinheiro, um em cada dia, na conta do Flávio. Isso é uma coisa gravíssima. Mais grave ainda é o que o Supremo decidiu ontem, proibindo fazer dossiê contra grupo antifascista. Antigamente ensinava uma lógica na escola: se esse Governo está criando grupo antifascista, o grupo antifascista combate o fascismo. O nome está dizendo. Se o Governo quer investigar o grupo antifascista, o governo é fascista? Sim. Assumidamente fascista.
E, pra finalizar, entra na questão da corrupção e destruição de todas as instituições. Ele colocou um Bolsonarista na Procuradoria-Geral da República. Ninguém desmoralizou mais a PGR do que o Augusto Aras. Quando nós, na Constituinte, criamos o Ministério Público foi para ser independente, com poderes, como fiscal da lei, da sociedade. Ficou comprovado pela investigação da Revista Crusoé e do site O Antagonista, que o Frederick Wassef recebeu R$ 9 milhões da JBS – detectado pelo COAF. Os jornalistas foram nos cartórios para ver em quantos processos o Wassef, como advogado, tinha defendido a JBS. Ele não defendeu em nenhum. Aí foi investigar o porquê. Conseguem levantar que o Wassef foi recebido pelo Aras. E mais, que o Aras – que já havia se manifestado publicamente pelo cancelamento da delação da JBS – recebe um telefonema do presidente Bolsonaro, pedindo para receber o Wassef. O Aras o recebe, designa um novo procurador para tratar do caso. O Wassef é recebido por esse novo procurador. Antes de o procurador receber o Wassef, ele diz claramente que recebeu também – surpreendentemente – um telefonema do presidente Bolsonaro pedindo para receber o Wassef, que é o “Anjo” do Fabricio Queiroz. Com que objetivo? Com o objetivo de não anular a delação da JBS, senão os irmãos Wesley e Joesley poderiam voltar para a cadeia. O procurador-geral Augusto Aras começa a se posicionar diferente, contra a anulação. Isso é uma vergonha, é a República inteira se movimentando: presidente. MPF, Procuradoria-Geral da República, membro do Ministério Público e isso para tentar defender Wesley e Joesley. E o Wasseff enchendo o bolso. Ora, não sei até onde vai esse discurso de honestidade.
MidiaNews – E a que atribui, então, esse recente crescimento da popularidade do presidente? Isso é fruto do pagamento do auxílio emergencial?
Antero – São dois motivos, um é justamente o auxílio. As pessoas no Brasil estão tão necessitadas que quem está recebendo R$ 600 está muito agradecida a ele. E não é à toa que o crescimento dele foi nessa faixa econômica e principalmente no Nordeste. Além do auxilio, há outro ponto relevante: ele calou a boca. Quanto menos ele falar, melhor fica pra ele.
Fonte: Midianews