Oficialmente distante da política desde que deixou o comando do Palácio Paiaguás, o ex-governador Pedro Taques (SD) segue mantendo conversas nos bastidores com aliados que ainda apostam em seu nome para as eleições deste ano. Comedido, o advogado – que há cerca de 15 dias negou intenção em participar do pleito eleitoral – agora assume a possibilidade de retorno à vida pública e já revive, inclusive, o perfil crítico e de indiretas a ex-aliados.
“Ainda não sei”, disse Pedro Taques, ao ser questionado se havia batido o martelo sobre a questão da candidatura. “[Mas] Quando fui senador, não fui senador sem voto, não fui no tapetão, não fui senador que tinha dono, não fui senador de uma família, não fui senador de um segmento… Nem nunca fui traíra, daqueles que tem três caras, todas que precisam de óleo de peroba. Nem representante de governador ou de ex-governador, fui representante do meu Estado, de todos os cidadãos”, acrescentou.
Embora tenha tido um desempenho desastroso nas eleições de 2018, quando tentou reeleição ao Governo do Estado, Taques ainda carrega um histórico de boa atuação quando foi senador. Seu nome passou a ser cotado como possíveis substitutos de Selma Arruda (PODE) logo após a confirmação da cassação da juíza aposentada, que perdeu seu mandato por crimes de caixa 2 e abuso de poder econômico.
No início deste ano, o ensaio de seu retorno para a política resultou em sua desfiliação do PSDB, partido onde militava desde 2015. Na época, o então presidente da sigla em Mato Grosso, Paulo Borges, disse que havia sido procurado por Taques e que ele gostaria de concorrer à vaga ao Senado, mas que o partido tinha decido apoiar a candidatura de Nilson Leitão. Pouco tempo depois o ex-governador foi filiado ao Solidariedade.
No início deste mês, o nome de Taques voltou a aparecer em pesquisas que vêm sendo realizadas internamente pelos partidos políticos, na qual avaliam o cenário para a eleição suplementar ao Senado. Os resultados teriam animado o ex-governador.
Fonte: Olhar Direto