Candidata se sentiu ofendida com declaração de adversário; ele disse que se expressou mal.
A candidata à Prefeitura de Cuiabá, Gisela Simona (Pros), classificou como machista e discriminatória a fala do seu adversário, o vereador Abílio Júnior (Podemos), que disse a ela que a via como uma “excelente participante da disputa eleitoral, mesmo sendo mulher e não estou colocando você como mulher ou homem ou gênero mais sim pela sua qualificação técnica assim como a qualificação dos demais aqui participantes acho que ser homem ou mulher não deve ser critério para ocupar espaço publico e sim sua qualificação técnica…”.
Gisela afirmou que recebeu a fala de Abílio com indignação e que o parlamentar, apesar de falar tanto em defender a igualdade de gênero, “não respeita a mulher”.
Gisela afirmou ainda que como o debate é um espaço público e democrático, “imaginava que haveria respeito”.
“Ofensas foram feitas. Pedi meu direito de resposta “que foi negado” porque não concordo com atos nesse sentido. Precisamos acabar com essa diferença, essa subestimação do que a mulher é capaz de fazer”, afirmou.
Questionada sobre a fala seguinte de Abílio, que a acusou de agir com vitimismo e de gritar com ele durante o debate, Gisela rebateu.
“Isso não é vitimismo. É realidade. Vimos com os nossos próprios olhos, todos viram o que aconteceu. Que a sociedade julgue se acha isso correto ou não”, disse.
“Vitimismo”
A gente errou na comunicação e o grupo que apoia a Gisela falou: faz o vitimismo aí, aproveita da situação que ele errou e tenta crescer em cima disso
Abílio rebateu Gisela e afirmou que ela usou a situação para se passar de “vítima”.
“O que aconteceu foi uma estratégia de marketing. Mas ela também não apresentou boas propostas para as mulheres. O que ela fez foi vitimismo da situação e pegou as propostas do Roberto França e apresentou como se fossem dela”, declarou.
Segundo Abílio, ele queria dizer “independente de ser mulher” e não “mesmo sendo mulher”.
“No momento que eu falei, vi que errei, mas já não dava tempo de voltar porque meu tempo estava acabando. Por isso, quero deixar claro que é ‘independente de ser mulher’ e não ‘mesmo sendo mulher’. A mulher tem que ocupar seu espaço pela sua qualificação técnica, pelo seu mérito”, afirmou.
Por fim, o candidato ressaltou que não é machista.
“É minha mulher que dirige, só pra começar. Ela não me deixa dirigir de jeito nenhum e é por próprio mérito, ela dirige melhor que eu. E eu não posso me considerar machista só por que me expressei mal”, rebateu.
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Com informações do Site MidiaNews