Cuiabá entra na lista de 100 melhores cidades para envelhecer no país

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Um amplo estudo elaborado pelo Instituto de Longevidade Mongeral Aegon, uma organização sem fins lucrativos que avalia a longevidade das cidades brasileiras, aponta que Mato Grosso possui apenas um município na lista das 100 melhores cidades para envelhecer no Brasil. Ocupando a 100ª colocação no ranking nacional, Cuiabá ganha destaque pela boa pontuação em indicadores de trabalho.

O estudo leva em consideração o desempenho das cidades em seis quesitos. São eles: habitação; saúde, bem-estar; cultura e engajamento; educação e trabalho; e finanças. Numa pontuação que varia de 0 a 100, a capital de Mato Grosso atingiu a nota 56 nos indicadores gerais. No Centro-Oeste, a melhor pontuação foi Campo Grande, capital do vizinho Mato Grosso do Sul, que marcou 61. Em todo o país, quem lidera o ranking é o município paulista de São Caetano do Sul, com 89 pontos.

Em educação e trabalho, indicador em que a capital mato-grossense melhor pontuou, são avaliados o número médio de horas-aulas diárias às quais a população da melhor idade tem acesso; a porcentagem de docentes com curso superior na Educação de Jovens e Adultos (EJA); a taxa de desocupação da população mais velha e o Índice Firjan de Desenvolvimento Municipal de Emprego e Renda e Educação. De acordo com dados do estudo, é o Firjan Emprego e Renda o quesito avaliado que mais contribui para o melhor desempenho de Cuiabá, que tem a 5ª melhor colocação nacional neste tópico.

No comparativo com o último levantamento, realizado em 2017, Cuiabá avançou em habitação, passando de 16 para 38; cultura e engajamento, crescendo de 33 para 62; e educação e trabalho, de 60 para 74. Entretanto, apresentou recuo nos indicadores de saúde, perdendo quase metade da pontuação, 56 para 30; e bem-estar, passando de 82 para 72.

De acordo com o diretor do instituto responsável pelo estudo, a intenção do levantamento realizado em 2020 é pressionar candidatos que concorrem nas eleições municipais deste ano a pensarem na qualidade de vida oferecida aos mais velhos. Estima-se que no Brasil haja atualmente cerca de 30 milhões de idosos, e que esse número chegue a 67 milhões até 2050.

“Será que nossas cidades estão preparadas para essa realidade? Como podemos contribuir, de forma objetiva, para que nossos líderes políticos e empresariais incluam em suas agendas ações para a promoção da longevidade com mais qualidade de vida nas cidades brasileiras? Isso passa por uma questão de bom uso dos recursos, mas também pelo foco por naquilo que a gente considera importante para promover qualidade de vida da população”, pondera.

Outras cidades de Mato Grosso

No ranking ampliado, que leva em consideração as 1.000 cidades com melhor qualidade de vida e longevidade do Brasil, ainda aparecem Rondonópolis (189ª colocação), Várzea Grande (209ª), Sinop (230ª), Primavera do Leste (252ª), Alta Floresta (269ª), Cáceres (278ª), Juína (288ª), Lucas do Rio Verde (291ª), Barra do Garças (292ª), Tangará da Serra (303ª), Sorriso (317ª), Juara (303ª), Barra do Bugres (334ª), Pontes e Lacerda (349ª) e Nova Mutum (355ª).

Fonte: PNB Online