‘Revolta e vergonha’, diz prefeito, sobre o dia que ele foi flagrado enchendo o paletó de dinheiro

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Assim como no primeiro turno, o candidato à reeleição Emanuel Pinheiro (MDB) voltou a falar sobre a cena do paletó em sua propaganda eleitoral, agora, nas redes sociais e, inclusive, durante propaganda patrocinada no Youtube e até na Netflix.

Em vídeo produzido por uma agência de publicidade, o emedebista se mostra emocionado e revla que se sente  ‘revoltado’ por ter sido incluído na trama do ex-governador Silval Barbosa que, segundo ele, tem manchado sua história política.

“Quando me envolveram nessa trama, meu primeiro sentimento foi de revolta. São muitos anos dedicados a servir, trabalho pelo próximo e isto foi jogado em uma vala comum. Fui receber um pagamento, devido ao meu irmão Popó, imaginando que receberia uma folha de cheque e terminei sendo usado por delatores como se estivesse recebendo algo para mim”, diz o prefeito na propaganda.

Ele ainda ressalta que pediu, na época, para que o restante do pagamento fosse feito por transferência bancária e que não pôde se manifestar nos últimos anos devido ao segredo de justiça em que corre o processo.

“Quando olho para as cenas gravadas eu entendo que você também fique indignado. Tiradas do contexto, as cenas só me causam vergonha e eu sinto muito por isso”, finalizou.

Emanuel nunca falou sobre o caso do Paletó com a imprensa, sempre que questionado, inclusive pelo O Bom da Notícia em coletivas, o emedebista dizia que a verdade iria aparecer uma dia, esse dia ainda é aguardado por todos.

O caso

Conforme sempre noticiou O Bom da Notícia, o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro foi filmado quando era deputado estadual recebendo maços de dinheiro e colocando em seu paletó, durante a gestão Silval Barbosa, em 2013. Em setembro deste ano ele se tornou oficialmente réu na Justiça Federal por conta da filmagem. O MPF aponta que o então governador Silval Barbosa acertou o pagamento de propina no valor de R$ 600 mil para cada deputado estadual,

“Como forma de garantir governabilidade e a aprovação das contas do governo, o qual seria honrado em 12 parcelas iguais e sucessivas de R$ 50 mil”, diz trecho da denúncia.

A denúncia ainda aponta que em dezembro de 2013 Emanuel Pinheiro “dirigiu-se até ao gabinete de Sílvio Cezar Corrêa Araújo, localizado na governadoria do Estado de Mato Grosso, ocasião na qual recebeu, a título de propina, a quantia de R$ 50 mil ”, afirmam os procuradores da República.

Emanuel Pinheiro alega em sua defesa que o dinheiro recebido seria o pagamento de um serviço prestado por seu irmão, Marco Polo de Freitas Pinheiro, proprietário do Instituto de Pesquisa Mark, ao exgovernador Silval Barbosa durante a campanha para governador em 2010.

Porém, o MPF alega que não existe evidência de dívida, já que não há nenhuma entrega de recibo na hora em que Emanuel recebe os Prefeito de Cuiabá detalhou de novo a sua versão maços de dinheiro.

Fonte: O Bom da Notícia