VG tem o sétimo pior saneamento no Brasil, diz pesquisa

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Um levantamento realizado pelo Instituto Trata Brasil mostrou que Várzea Grande tem o 7º pior saneamento básico entre os 100 maiores municípios do Brasil. O Ranking do Saneamento utiliza os dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS) das 100 maiores cidades no país.

Apesar de ser divulgado nesta quarta-feira (25), as informações do SNIS são de 2018, sendo sempre divulgadas com dois anos de defasagem. Entre as variáveis estudadas pelo ranking estão fornecimento de água, coleta e tratamento de esgoto, investimentos e perdas de água.

Em Várzea Grande, foram considerados os dados de quando a população ainda era de 282 mil habitantes. O serviço já era operado pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), autarquia gerida pela prefeitura. Na comparação com o ranking de 2019, a cidade piorou 7 lugares.

Na época do levantamento, a água chegava e 97,68% dos moradores, porém o esgotamento sanitário só era presente em 29,14% das casas, fator que rebaixou a nota geral do município. Outro ponto prejudicial foi a falta de investimentos, mesmo com a arrecadação da autarquia.

Mesmo com a água chegando à maioria das casas, as perdas na distribuição chegavam a 59,69%, ou seja, de cada 100 litros de água que saiam da central de abastecimento, 58,69 litros se perdiam pelo caminho, o que faz com que os moradores demorem mais para receber água em casa.

Como o ranking analisou apenas cidades com mais de 100 mil habitantes, de Mato Grosso foram analisados os dados apenas de Cuiabá a Várzea Grande. A Capital ficou em 62º lugar no ranking entre as 100 maiores cidades brasileiras. Na comparação com o levantamento de 2019, Cuiabá teve uma queda de 4 lugares. A administração do esgotamento sanitário já era realizado pela Águas Cuiabá em 2018, com o abastecimento de água chegando a 96,94% das casas e o esgoto a 59,28% dos moradores.

De cada 100 litros de água consumida, apenas 33,99 litros eram tratados, mas por outro lado, da arrecadação da Águas Cuiabá, 16,99% era utilizada para investir nas melhorias da rede. Já na distribuição de água, 60,68% do líquido era perdido antes de chegar às casas.

No Ranking do Saneamento, a melhor colocada foi Santos (SP), que tem 100% de distribuição de água e 100% de esgoto nas casas, sendo que 97,64% do esgoto é tratado. Já as perdas na distribuição de água chegam a 14,32%.

Fonte: Folhamax