O 9º Batalhão de Polícia Militar, com sede no bairro Tijucal, em Cuiabá, foi o mais eficiente do Estado do primeiro semestre deste ano na comparação do número de policiais com a produtividade, ou seja, o resultado das ações nas ruas.
Comandado pela tenente-coronel Jane Souza Melo, 40 anos, desde fevereiro deste ano, o batalhão tem 102 policiais. Sob sua responsabilidade, de prevenção e repressão da criminalidade, estão 43 bairros da região do Coxipó.
O 9º BPM é uma unidade do 1º Comando Regional da Polícia Militar. Com sede em Cuiabá, esse comando tem outros quatro batalhões e quatro companhias independentes.
O cálculo de eficiência no emprego do efetivo é feito levando em consideração sete indicadores das atividades operacionais.
São: apreensão de armas, apreensão de drogas, veículos recuperados, prisões em flagrantes, captura de foragidos(mandados em aberto), condução de suspeitos a delegacias e registros boletins de ocorrências.
Cada um desses indicadores tem um peso diferente, calculado em número ou valor monetário.
No caso da prisão de foragidos, com 51 capturas entre janeiro e junho, a comparação mostra que para cada dois policiais o 9º Batalhão fez uma prisão de pessoas com mandado de prisão em aberto.
Já em relação às drogas, o cálculo é em moeda corrente, o real, mas também têm seu valor final comparado ao número de policiais.
Esse valor varia conforme o tipo de entorpecente. Cocaína, por exemplo, vale mais que maconha. Portanto, comparado ao efetivo é maior a pontuação da unidade policial que apreendeu mais cocaína.
“Guardião do Coxipó”, como é conhecido o 9ºBPM, apreendeu 472 quilos de drogas nesse período.
Em 2020, sob o comando do tenente-coronel Juliano Paulo Athayde, o batalhão ocupou o posto de primeiro lugar nos dois semestres.
Jane diz que era um desafio não só manter como melhorar a produtividade. Para isso, além de manter a tropa motivada deu ênfase às ações de inteligência, aumentou as equipes do GAP (Grupo de Apoio) e a proximidade com a comunidade.
Apreensão de droga e prisões de foragidos, cita a TC Jane, são atividades operacionais diretamente ligadas ao serviço de inteligência.
Necessita de planejamento, o que inclui, por exemplo, levantamento, análise e averiguação da informação antes de montar as estratégias e entrar em ação.
O comandante do 1ºCR, coronel Esnaldo de Souza Moreira, diz que no início de 2020 implantou esse modelo de mensuração da eficiência com base no efetivo.
De acordo Esnaldo, essa metodologia levou os comandantes a melhorar o planejamento operacional e o emprego do efetivo.
Também, observa, a reforçar e manter um trabalho permanente de análise criminal, que consiste em observar, analisar e montar estratégias de ações de acordo com a incidência e tipos de crimes.
O coronel Esnaldo reconhece que todas as unidades estão com efetivo deficitário, precisando com urgência de mais policiais.
Segundo ele, não só de aumentar o efetivo, há uma urgência em preencher as lacunas deixadas pelos policiais que se aposentam. A expectativa dele é a promessa de concurso público em 2022.
Mesmo com um grande déficit de efetivo, o comandante diz que têm obtido bons resultados. Ele aponta redução de 33% no número de homicídio, 50,48% roubo de carros e de 28,84% roubos em geral(comércio e residência).
No primeiro semestre de 2021, o 1ºCR apreendeu 1,5 tonelada de drogas, 105 armas de fogo e 297 prisões de foragidos da justiça.
Fonte: Diário de Cuiabá
