“Já tinha visto isso, pois (o açougue) é do lado da casa da minha mãe. Essa fila dos ossinhos já existe há muito tempo e não é só no CPA II, se outros açougues começarem a doar, vai ter fila. É bom para as pessoas que dizem que Mato Grosso é um estado rico e não tem fome verem que tem. Principalmente para aqueles que estão acomodados, ganhando bilhões e bilhões e acham que Mato Grosso não precisa de ajuda”, declarou ao cobrar a parcela de ajuda por parte dos grandes produtores rurais do estado.
Principalmente para aqueles que estão acomodados, ganhando bilhões e bilhões e acham que Mato Grosso não precisa de ajuda
De acordo com Botelho, o agronegócio tem ajudado neste momento em que a extrema pobreza aumenta no estado. Por meio de parceria com a Associação dos Produtores de Soja e Milho do Estado de Mato Grosso (Aprosoja), a Assembleia Legislativa arrecada mais de 100 mil cestas básicas. O deputado pondera, no entanto, que os gigantes do agro ainda não ajudam. “Os barões, os grandões, precisam vir para a linha de frente”.
A fila formada para pegar ossos de vaca se tornou assunto nacional nas últimas semanas. A doação é feita há dez anos, mas de acordo com os proprietários do açougue, a procura aumentou durante a pandemia da Covid-19, quando muitas famílias ficaram sem qualquer renda.
Diante da repercussão, o governo do estado, por meio da primeira-dama Virginia Mendes, distribuiu cestas básicas, cobertores e kits de limpeza e higiene pessoal, nesta quarta-feira (28). Equipe de assistentes sociais da Prefeitura de Cuiabá também esteve no local, realizando o cadastramento das famílias no CadÚnico.
Fonte: Olhar Direto