Com dez dias do retorno das aulas no modelo híbrido (presencial e virtual) em Mato Grosso, 23 escolas estaduais registraram casos positivos de Covid-19 entre alunos e servidores. Os dados foram divulgados pelo Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT) na manhã desta sexta-feira (13).
Para o presidente do Sintep, Valdeir Pereira, a situação está fugindo do controle e deixando os diretores das escolas perdidos, pois não sabem como proceder.
“Temos informações de escolas que suspenderam as atividades, outras apenas uma turma específica e em outras o afastamento foi apenas da pessoa infectada. Nas que suspenderam atividades, umas determinaram duas semanas, outras dois dias. Essas divergências de medidas não são culpa dos gestores escolares e sim de um protocolo que não deixou claro como eles deveriam agir”, criticou Valdeir.
Para o presidente, a testagem em massa tanto de alunos, quanto de servidores, deveria estar no plano de contingência da Seduc, sendo realizado com frequência nas unidades escolares.
“Sabemos que muitos dos que são contaminados pela Covid-19 não apresentam sintomas. Sem que essa pessoa seja testada para identificar o vírus, ela vai estar circulando no ambiente escolar e contaminando todos os demais que frequentam o mesmo ambiente. Como é que a Seduc pretende fazer um contingenciamento se nem elaborou uma estratégia para monitorar os casos positivos? ”,
Conforme o sindicato, ao menos seis municípios já confirmaram casos de Covid-19 nas escolas. Em Cuiabá foram oito que tiveram alunos e servidores testando positivo para a doença. Colniza (1033 km de Cuiabá) e Peixoto de Azevedo (671 km de Cuiabá) duas unidades, Santo Antônio do Leverger (36 km de Cuiabá) uma escola e Rondonópolis (220 km de Cuiabá) quatro colégios.
Em Várzea Grande, até o momento seis escolas estaduais registraram casos. Na rede municipal há registro de cinco Centros Municipais de Educação Infantil (CEMEI) com casos de Covid-19.
A equipe do HNT entrou em contado com a Seduc, que enfatizou que as escolas devem reforçar os protocolos de biossegurança e seguir o planto de contingência. Entretanto, a pasta descartou qualquer possibilidade de suspender as aulas.
“A gente não trabalha com essa hipótese de suspender as aulas, nós vamos continuar monitorando e orientando as escolas a seguir o plano de biossegurança e como proceder no plano de contingência”, afirmou o secretário, Alan Porto, na última terça-feira (10).
Fonte: Hipernotícias
