Noel Marques da Silva Júnior, de 33 anos, foi assassinado em março deste ano, no bairro Novo Tempo, em Cuiabá, por ficar cobrando da polícia a elucidação do homicídio de seu pai, Noel Marques, em 22 de agosto, também na Capital. Tal fato teria incomodado o autor do crime, que resolveu, junto com um comparsa, por fim também à vida ao filho do Policial Militar.
Noel Marques morreu na porta da casa de um familiar, na noite de 22 de agosto do ano passado, no Jardim Colorado, na Capital. Ele foi abordado por dois homens que dispararam contra a cabeça da vítima. Noel estava morando recentemente na casa onde foi morto, depois de ter saído de sua residência, após se separar da esposa.
Em março deste ano, o filho do militar, Noel Marques da Silva Júnior, de 33 anos, também foi morto, no bairro Novo Tempo. A vítima foi atingida por tiros quando estava na varanda de casa. Dois criminosos invadiram a residência, quando a vítima reagiu e entrou em luta corporal com os suspeitos, mas foi atingida pelos disparos da arma de fogo, indo a óbito em seguida.
Informações apontaram que Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida, vulgo “Cleitão”, preso em junho deste ano, durante apurações sobre a morte do militar, estaria também ligado ao homicídio do filho do policial.
Um dos pontos da investigação da DHPP que corroboraram os indícios contra o executor do homicídio do policial militar foi a morte do filho da vítima, ocorrida em março deste ano, que, ao que tudo indica nas apurações, foi motivada pela cobrança feita por Noel Marques Filho pelo esclarecimento da morte do pai, que ia sempre à delegacia pedir para que o homicídio do militar fosse elucidado.
Com a prisão do homem investigado pela morte do filho do policial também reforçaram-se os indícios de que o primeiro homicídio foi praticado pelo mesmo executor. “Com isso, ele teve a prisão temporária representada pelo homicídio do policial e a preventiva representada pelo delegado que presidiu as investigações do segundo homicídio”, esclareceu o delegado Caio Fernando Albuquerque, responsável pelo caso.
O inquérito foi concluído nesta semana e remetido à 12ª Vara Criminal de Cuiabá, que acatou o pedido de conversão das prisões temporárias do autor e da mandante em preventivas. Em relação à outra mulher, a Justiça determinou medidas cautelares alternativas.
Tatiane Borralho de Oliveira Silva, Cleyton Cosme de Figueiredo Almeida, vulgo “Cleitão”, e Ana Lopes Borralho Filha de Oliveira, foram indiciados por homicídio qualificado pelo motivo torpe, promessa de recompensa e também recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A pena para esse tipo de crime pode variar de 12 a 30 anos de prisão. O Ministério Público já ofereceu denúncia contra os três investigados.
Em relação ao executor do homicídio, a DHPP apurou ainda que ele faz parte de uma organização criminosa, fato que será encaminhado à delegacia competente para investigação. Assim como também ficou comprovado que outras pessoas ligadas aos três indiciados integram a mesma facção e estão envolvidas em crimes de tráfico de drogas e associação para o tráfico, o que será objeto de apuração pela unidade policial correspondente.
Fonte: Olhar Direto