m meio a falas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) quanto à uma possível “ruptura institucional”, há rumores de que grupos bolsonaristas forcem um cenário para um golpe de estado, caso o presidente não se reeleja em 2022 ou seja enquadrado em um dos 4 inquéritos que correm no Supremo Tribunal Federal (STF). A convocação de uma manifestação de apoio ao seu governo na data de 7 de setembro, quando se comemora o Dia da Independência, ganha força em setores onde a popularidade de Bolsonaro é boa, como é o caso de militares.
Em Mato Grosso, o presidente da Associação de Cabos e Soldados da Polícia e Bombeiro Militar de MT (ACS-PMBM/MT), Laudicério Machado, comentou sobre a participação de militares na manifestação. Ele aponta, porém, que só devem ir aqueles que estiverem de folga.
“A Associação sempre estará apoiando os interesses de seus associados militares e isso deve ser preservado no intuito de que eles possam exercer os seus direitos de cidadãos o que está amplamente defendido pela Constituição Federal. Isso estabelece o direito de livre pensamento e expressão e, assim como todo cidadão, nós militares temos obrigação de manter isso de forma pacífica, ordeira e democrática”, disse ao RD News.
O sargento da PM também comentou sobre o afastamento por indisciplina de Aleksander Lacerda, comandante da Polícia Militar de São Paulo. Ele foi afastado após ter feito postagens em uma rede social em defesa de uma manifestação a favor do presidente quando teria convocado militantes e atacado o STF nas publicações. O episódio acirrou os ânimos de militares que apoiam o presidente.
“Sobre a manifestação de 7 de setembro em apoio ao presidente Jair Bolsonaro. Isso que ocorreu lá em SP, que o governador João Dória afastou um coronel do comando por estar em convocação de policiais militares para estarem na manifestação”, comentou.
Outro caso que vem deixando em alerta quanto à uma possível “permissividade” das forças de seguranças em relação à polarização política no país foi a decisão do comando do Exército informou que, em junho, decidiu não punir o general e ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello pela participação em um evento político com o presidente.
A decisão abriu precedente e, após o episódio, o presidente intensificou falas saudosistas ao período da ditadura e seus apoiadores ressurgiram em ameaças ao STF. Como foi o caso do cantor Sérgio Reis que convocou ato para fechar o STF em meio á polêmica do voto impresso.
Mas sobre a participação de policiais militares e bombeiros em Mato Grosso, o presidente da associação diz não vê problemas para ordem pública e destaca que “a associação de forma incisiva vela pelo estatuto das policiais e a participação de cada militar é que seja respeitada, até porque eles estarão de folga e a gente espera que isso seja respeitado, uma vez que não terá prejuízo de manutenção da ordem pública”.
A convocação de oficiais ocorre em diversos Estados do Brasil e muitos anunciaram que participarão dos protestos a favor do presidente Jair Bolsonaro marcados para o Dia da Independência.
Fonte: RD News