Acrimat prevê queda nos preços da carne devido aos casos de ‘vaca louca’

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O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior, disse que o preço da carne bovina para o consumidor final pode ter queda com a suspensão da exportação da carne brasileira para China. A interrupção ocorreu neste sábado(4) depois que o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) confirmou dois casos de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença mais conhecida como o “mal da vaca louca”, em Nova Canaã do Norte (700 km de Cuiabá) e Belo Horizonte (MG).

Em entrevista ao HiperNotícias, o pecuarista explicou que com a suspensão o estoque de carne deverá aumentar no mercado interno e com isso diminuir o custo. Entretanto, Oswaldo esclareceu que a queda do preço deverá ocorrer enquanto durar a interrupção.

“Com a suspensão, muita carne que já estava em container ou nos frigoríficos para exportação deve ficar aqui e isso pode aumentar a oferta interna e estimular a concorrência baixando o preço pelo menos por um tempo”, explicou Oswaldo à reportagem.

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 O presidente da Associação dos Criadores de Mato Grosso, Oswaldo Pereira Ribeiro Júnior

A suspensão, que passa a valer a partir deste sábado (4), se dará até que as autoridades chinesas concluam a avaliação das informações já repassadas sobre os casos. De acordo com o ministério, após a confirmação, a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) foi notificada oficialmente.

Porém, Oswaldo acredita que a interrupção da exportação trará impacto pequeno para pecuária mato-grossense. Segundo ele, o grande número de exportações feito até o mês de agosto é uma das razões para que os pecuaristas não sofram com a paralisãção da exportação à China.

“A cada 5 milhões de animais abatido, vai aparecer um caso. Apareceu um último em 2019 e com certeza vai aparecer outro agora. Mas, o impacto deve ser pequeno até porque nós estamos com uma deficiência grande de container para exportação. De qualquer modo, as exportações até agosto explodiram e, diante disso, o impacto vai ser pequeno”, disse.

Por fim, Oswaldo acredita que, como se trata de uma doença atípica, as exportações devem volta à normalidade em duas semanas.

“O que a gente observou foi uma baixa do mercado futuro, que praticamente pra gente não impacta nada com a diminuição do valor do arroba, mas como esse gado estava vendido há alguns dias também não mudou muito. Acredito que o impacto se revolva nesses 10, 15 dias e o preço volta ao normal”, previu.

Fonte: Hipernotícias