Um advogado de 27 anos acusa o tenente da Polîcia Militar, J.P.M.A. de tê-lo espancado, ameaçado e torturado em um sábado de junho do ano passado durante uma abordagem realizada na Estrada do Moinho (avenida Arquimedes Pereira Lima). Uma denúncia foi formulada e entregue à Corregedoria da Polícia Militar, que confirmou a apuração da denúncia desde a quinta-feira (15), por meio de sua assessoria de comunicação.
De acordo com o narrado no documento entregue à corregedoria, era perto das 03h da manhã do dia 09 de junho de 2018 quando o advogado conduzia seu veículo já próximo do Altos do Coxipó e teve que parar, pois faz bicos de Uber e um passageiro o chamara até ali. Nesse intervalo entre o cliente sair de sua casa e iniciar a corrida, a suposta vítima fora abordada por uma viatura comandada pelo acusado então lotado em um batalhão do Tijucal.
Breve conversa e acabou recebendo ordem para sair dali. Tudo desandou porque o civil decidiu se recusar e explicou a motivação para isso.
Foi a senha para, sempre de acordo com a versão do virtualmente agredido, o tenente e sua turma o espancassem com murros e chutes. O advogado disse que fez a representação contra o tenente no Batalhão do Tijucal, onde o suposto algoz trabalhava, mas nada foi feito e nenhuma providência efetivamente tomada.
A vida seguiu e tudo teria ficado pra trás, mas chegou o dia 08 de agosto, uma quinta-feira, e uma revista policial de uma equipe da Força Tática do Pedra 90 com os mesmos protagonistas. Desta vez, tenente-PM J.P.M.A., ao reconhecer o homem, resolveu mandá-lo colocar as mãos na cabeça, o empurrar, chamá-lo de “vagabundo”, “advogadinho de merda” e o empurrar.
Depois de mantê-lo uma hora com as mãos na cabeça e os braços já tremendo pelo esforço, o tenente teria dito as seguintes palavras ao seu torturado: “eu sei aonde você mora, o carro que você dirige o local que trabalha. Se vier atrás de mim de novo, vou acabar com sua vida”.
J.P.M.A., sustenta a vítima, é famoso por carregar nas suas costas diversas denúncias feitas à Corregedoria da PM. Todas por abuso de autoridade e esse tipo de conduta e responderia até mesmo a uma ação por homicídio.
No último dia 09, o Ministério Público Estadual encaminhou ofício à corregedoria pedindo informações sobre acusado a serem entregues à responsabilidade do promotor de Justiça Allan Sidney.A assessoria de comunicação da PM confirmou o recebimento da denúncia e informou que foi aberto um Inquérito Policial Militar (IPM) para a devida apuração.
Fonte: Folhamax