Alvo do Gaeco, Zé do Pátio tem celular e notebook apreendidos

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A segunda fase da Operação Stop Loss, deflagrada na manhã de quarta-feira (25), aprendeu os aparelhos celulares do prefeito de Rondonópolis, José Carlos do Pátio (SD) e do secretário de Administração,  Leandro Junqueira Arduini.

Eles foram os alvos da ação que apura superfaturamento em processos feitos pelo Município – por dispensa de licitação – para compra de materiais de consumo e limpeza para o combate à pandemia da Covid-19.

O secretário foi afastado do cargo por determinação do Tribunal de Justiça.

De acordo com o delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada de Combate à Corrupção em Mato Grosso (Deccor), na casa do prefeito, além do celular, também foi apreendido um notebook. Já em seu gabinete foram apreendidos documentos e discos rígidos (HDs).

Segundo o delegado, não houve qualquer tipo de resistência por parte dos alvos da operação.

“Foi tudo muito tranquilo. Os trabalhos começaram pelo mandado na casa do prefeito. Fizemos a incursão às 5h30 e ficamos na casa dele até 7h. Ele acompanhou tudo. De lá, nos deslocamos até a Prefeitura e ele [Pátio], em conjunto com o procurador do Município e seus assessores, acompanharam todos os trabalhos”, explicou.

Conforme o delegado, todos os materiais apreendidos serão periciados e podem desencadear novos desdobramentos da operação.

“Vamos analisar toda documentação, todo material apreendido e fazer oitivas de novas pessoas para  verificar a necessidade de uma terceira fase da operação ou, até mesmo, a conclusão da investigação”, afirmou.

A operação

Os mandados judiciais foram cumpridos pelas equipes Decoor com apoio do  Núcleo de Ações de Competência Originária (Naco Criminal) e Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), ambos do Ministério Público Estadual.

Os mandados foram expedidos pelo desembargador Juvenal Pereira da Silva, do Tribunal de Justiça.

Na primeira fase da operação, realizada em junho deste ano, a partir de informações do Ministério Público de Contas, os investigadores detectaram o superfaturamento em itens contratados na Dispensa de Licitação nº 38/2020 destinada à aquisição de materiais de limpeza, tendo como justificativa de urgência a pandemia, aquisição ratificada pelo chefe do Executivo municipal.

Na segunda fase, com novos elementos coletados, surgiu o provável envolvimento de mais um secretário da Prefeitura, havendo indicativos da formação de uma estrutura criminosa instalada no Executivo.

Fonte: Midianews