A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou, na noite de terça-feira (15), a importação excepcional da Sputnik V para Mato Grosso e mais seis estados brasileiros.
A aprovação da compra apresenta diversas condicionantes a serem cumpridas pelos estados. Por isso, o Governo de Mato Grosso, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (SES-MT), está trabalhando junto aos demais estados no sentido de cumprir todas as imposições da Anvisa para efetivar a importação.
Ao todo, mais 592 mil doses poderão ser importadas, sendo que Mato Grosso deve adquirir até 71 mil doses. Inicialmente, a pretensão do governo estadual era comprar 1,2 milhão de doses. A negociação, no entanto, foi frustrada por questões relativas à autorização da Anvisa.
Fora Mato Grosso, receberão doses de Sputnik V os estados de Rondônia, Rio Grande do Norte, Pará, Amapá, Paraíba e Goiás.
A autorização foi concedida com as mesmas restrições que se aplicaram a outros 6 estados que também receberam, no início do mês, permissão de importação excepcional – Bahia, Maranhão, Sergipe, Ceará, Pernambuco e Piauí. Ao todo, esses estados tiveram autorização para importar 928 mil doses.
Veja algumas das condições:
– A vacina deverá ser utilizada apenas em adultos saudáveis
– Todos os lotes importados só poderão ser usados após liberação pelo Instituto Nacional de Controle de Qualidade em Saúde da Fiocruz.
– A Anvisa receberá relatórios periódicos de avaliação de risco-benefício da vacina.
– A vacina deverá ser utilizada em condições controladas, com condução de estudo de efetividade, com delineamento acordado com a Anvisa e executado conforme boas práticas clínicas.
– A Anvisa poderá, a qualquer momento, suspender a importação, distribuição e uso das vacinas importadas.
– As pessoas deverão ser informadas de que a vacina “não tem avaliação” da agência quanto a qualidade, eficácia e segurança.
A vacina não poderá ser aplicada nos seguintes casos:
– Pessoas com hipersensibilidade a qualquer dos componentes da fórmula
– Gravidez
-Lactantes
-Menores de 18 anos ou maiores de 60 anos
-Mulheres em idade fértil que desejem engravidar nos próximos 12 meses
-Enfermidades graves ou não controladas e antecedentes de anafilaxia
-Pessoas que tenham recebido outra vacina contra a Covid-19
-Pessoas com febre
-Pessoas vivendo com HIV, hepatite B ou C
-Pessoas que tenham se vacinado nas 4 semanas anteriores
-Pessoas que tenham recebido imunoglobulinas ou hemoderivados 3 meses antes
-Pessoas que tenham recebido tratamentos com imunossupressores, citotóxicos, quimioterapia ou radiação 36 meses, tenham recebido terapias com biológicos incluindo anticorpos anticitocinas e outros anticorpos. (Hipernotícias/Com informações do G1)