Após temporada em SP, ex-governador de MT volta a morar em Cuiabá

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Após uma temporada de 6 meses em São José do Rio Preto, município do interior de São Paulo, o ex-governador Silval Barbosa voltou a morar em Cuiabá com autorização da Justiça, a exemplo de julho de 2020, quando a Vara de Execuções Penais havia permitido que ele deixasse o Estado para residir por um período na cidade paulistana, onde mora uma filha. Em Cuiabá, a residência oficial do ex-governador é uma cobertura de luxo localizada num edifício no bairro Jardim das Américas.

À época, o despacho do juiz Leonardo de Campos Costa e Silva Pitaluga já trazia a informação dos advogados de Silval que ele ficaria morando no mesmo imóvel da filha até o final de janeiro de 2021. Agora, o ex-governador decidiu voltar para Mato Grosso e apenas comunicou a Vara de Execuções Penais, um procedimento de praxe, basicamente para cumprir protocolo.

No início de julho de 2020, a defesa de Silval explicou ao FOLHAMAX que o acordo de colaboração premiada do ex-governador prevê a possibilidade de mudança de endereço, seja para outra cidade ou estado. Ele só precisa informar nos autos o novo endereço e foi isso que a defesa fez naquela oportunidade e voltou a realizar o mesmo procedimento para que a Justiça fique informada sobre o endereço atual de Silval.

A cada vez que Silval Barbosa decidir mudar de endereço ou fazer alguma viagem, ele precisa comunicar a Vara de Execuções Penais de Mato Grosso, uma vez já tem condenação em diferentes processos criminais e cíveis. Ele ainda responde outras ações em curso na Justiça de Mato Grosso por ter chefiado uma organização criminosa que desviou milhões de reais dos cofres públicos do Estado.

Atualmente, Sival Babosa cumpre pena no regime semiaberto, após ter obtido a progressão de regime em maio de 2019. Naquele ano, também conseguiu decisão favorável para retirar a tornozeleira eletrônica que o monitorava desde que deixou o CCC, em junho de 2017.

Em dezembro de 2017 o ex-governador foi condenado 13 anos e 7 meses de prisão por chefiar uma organização criminosa que desviou mais de R$ 2,5 milhões dos cofres públicos por meio da concessão fraudulenta de incentivos fiscais a empresários através do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic).

Os fatos foram investigados na primeira fase da Operação Sodoma em setembro de 2015 quando ele foi preso e passou quase 2 anos detido no Centro de Custódia da Capital (CCC)  até fazer acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal (MPF), homologado em agosto de 2017 pelo ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Fonte: Folhamax