Arcanjo Ribeiro é preso novamente; extorsão e sequestro são principais acusações

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O delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Especializada de Fazenda e Crimes Contra a Administração Pública (Defaz), disse o motivo da prisão João Arcanjo Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (29): organização criminosa, extorsão mediante sequestro na cidade de Juara (638 Km de Cuiabá, ao Norte do Estado).

“Jogo do bicho é o ilícito que gera os demais, mas não o que provoca a prisão”, destacou o delegado.De acordo com as investigações, Arcanjo agia de forma criminosa com ameaça, disparos de arma de fogo e até mesmo sequestro.

Em Juara ia ser implantado a concorrência do jogo do bicho entre Arcanjo e Frederico Muller Coutinho, porém para impedir que isto ocorra, capangas de Arcanjo e sequestraram uma pessoa que trabalhava para Frederico na  FMC Elo.

Estes capangas exigiram a apresentação da máquina usadas no jogo do bicho, como resgate do mesmo. “Obrigaram que ele não voltasse mais para a cidade e que não implantasse a concorrência”.O funcionário de Muller era de Rondônia, foi ouvido e reconheceu um dos líderes do Arcanjo.

A polícia também recebeu uma denúncia feita por um bicheiro, que teria sido agredido pela equipe de Arcanjo no interior do Estado.

Arcanjo foi preso em decorrência da Operação Mantus. Durante a busca, na sua residência de a  equipe do GCCO encontrou 201,89 mil em espécie.

Ainda segundo o delegado, o jogo do bicho funcionava de maneira estruturada, com contador fazendo recolhimento de dinheiro dia a dia e usando empresas de fachada para promover a lavagem de dinheiro.

As investigações constataram que Arcanjo recebia  valores de alguns bicheiro de Mato Grosso. “A empresa que ele dizia que cumpria a pena, era que ele usava para lavagem de dinheiro”, disse o delgado.

A operação visa dar cumprimento a 63 mandados judiciais, sendo 33 de prisão preventiva e 30 de busca e apreensão domiciliar, expedidos pelo juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de Cuiabá, Jorge Luiz Tadeu.

Além de Cuiabá, ocorram prisões em Tangará da Serra, Rondonópolis, Sorriso, Campo Verde, Sinop e Sorriso e também em São Paulo e no Rio de Janeiro. Os nomes de todos os detidos e alvos da operação não foram divulgados. O GCCO investiga a participação de cada pessoa na organização criminosa.

Arcanjo e genro “dividiam liderança” do Jogo do Bicho, diz delegado

João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues “dividiam” o comando do jogo do bicho no Estado. A informação foi divulgada pelo delegado Luiz Henrique Damasceno, da Delegacia Fazendária (Defaz), na manhã desta quarta-feira (29), durante coletiva da Operação Mantus.

“O Giovanni era o líder da organização quando o Arcanjo estava preso. Quando o Arcanjo, ele retomou o poder junto com o genro”, disse o delegado.

Mesmo com a prisão de Arcanjo, o jogo do bicho nunca parou de operar em Mato Grosso. A organização criminosa já vinha sendo investigada há dois anos após denúncia anônima à Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO).

Arcanjo e o genro foram presos nas primeiras horas desta quarta, em decorrência da operação Mantus deflagrada pela GCCO e a Defaz.

Arcanjo foi preso em casa, onde os policiais encontraram R$ 201,89 mil em espécie. Já o genro foi detido no aeroporto de Guarulhos (SP) pela Polícia Federal (PF).

Além do grupo comandado por Arcanjo e Giovanni, a operação também desmantelou outra suposta organização que seria liderada pelo empresário Frederico Muller Coutinho. Ele é um dos delatores da Operação Sodoma, que investigou fraudes que resultaram na prisão do ex-governador Silval Barbosa.

Conforme o delegado, em um ano, os dois grupos movimentaram cerca de R$ 20 milhões no Estado.

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Fonte: Cuiabano News