A terça-feira (2) foi marcada por uma série de ações voltadas à preservação dos patrimônios históricos da Cuiabá dos 300 anos. O prefeito Emanuel Pinheiro assinou as Ordens de Serviços de mais duas obras de restauração: da Casa de Bem-Bem – que está sendo retomada – e do casarão da Rua Sete de Setembro – onde funciona o Instituto do Patrimônio (Iphan), obra que será realizada em parceria com o instituto.
Ao lado do secretário de Cultura, Esporte e Turismo, Francisco Vuolo, gestor responsável pela execução das obras, Pinheiro lembrou dos esforços da gestão para garantir recursos que beneficiassem os casarões do Centro Histórico.
“Hoje é um dia glorioso, marcado por importantes momentos para a cultura da nossa cidade. Sabemos da relevância da preservação desses casarões, para que possamos manter vivas nossas raízes. Por isso, não medi esforços, com todos da equipe, para buscar recursos que nos dessem sustentação dessas obras. E mesmo quando não conseguimos os parceiros, fizemos planejamentos e aplicamos recursos próprios. Sabemos o quanto esses patrimônios somam à nossa história de três séculos”, disse o prefeito.
Nestas duas ações, serão aplicados cerca de R$ 880 mil, sendo que para a Casa de Bem Bem, o recurso é oriundo da Fonte 100 e vai custar R$ 406 mil. “As obras deste casarão serão retomadas. São obras emergências, para conter o dano que o imóvel sofreu. Dessa forma, o município fica liberado para aplicar recurso próprio, sendo uma execução emergencial”, explicou o secretário Francisco Vuolo. Para o casarão do Iphan, os recursos são provenientes do PAC Cidades Históricas e será destinado R$ 474 mil. “Outra relevante restauração que será feita em parceria com o Iphan e que significa mais um avanço de preservação desses casarões”, acrescentou Vuolo.
A obra da Casa de Bem se iniciou em 2017, porém em dezembro do mesmo ano, aconteceu um desmoronamento que danificou parte do imóvel. A Prefeitura, então, realizou uma ação emergencial para conter esse desmoronamento. Após isso, foi firmado um Termo de Ajustamento de Conduta, onde o município apresentou novo projeto ao Iphan, com as adequações necessárias à preservação do edifício.
Na sede do Iphan, localizada na Rua Barão de Melgaço, a Prefeitura de Cuiabá realizará a estabilização estrutural e drenagem de águas pluviais. “Precisamos reconstruir as partes do imóvel tombado, que sofreram danos, para, assim, continuarmos com a obra de revitalização, entregando o bem aos cuiabanos, com a máxima qualidade e próximo da construção original”, pontuou o secretário.
Já a obra do casarão que abriga o Iphan, receberá os serviços de reforma dos banheiros, troca de todo o madeiramento do telhado, troca de toda as instalações elétricas e de lógica, pintura de toda a edificação, execução do Sistema de Proteção contra Descargas Atmosféricas (SPDA), execução dos preventivos e de combate a incêndio e paisagismo. “A previsão é de que, depois da intervenção, o edifício também amplie seu uso, passando a receber, além do Iphan, mais um equipamento cultural do Centro Histórico de Cuiabá”, disse a superintendente do Iphan do Mato Grosso, Amelita Hirata.
O ato também contou com a presença do promotor Gerson Barbosa, da Vara Especializada do Meio Ambiente da Comarca de Cuiabá. O promotor destacou o trabalho que a Prefeitura vem fazendo em prol dos patrimônios e disse que, hoje, tem uma visão diferente desses casarões.
“O município está executando um belo trabalho, buscando parcerias para garantir que esses imóveis sejam preservados. Antes, eu não tinha dimensão do quanto ainda éramos leigos em questão de valorização, ações voltadas ao patrimônio histórico. Mas após algumas visitas à outros países, pude entender melhor e, agora, ser um parceiro mais assíduo nesta área”, finalizou Gerson.
Mais ações – Ao todo, o PAC Cidades Históricas prevê investimentos de mais de R$ 11 milhões em 16 ações no Centro Histórico de Cuiabá. Delas, já foram concluídas a restauração do Casarão de Barão de Melgaço e do Museu da Imagem e do Som de Cuiabá, além da requalificação das praças Senhor dos Passos e do Largo Feirinha da Mandioca. Essas obras somam um investimento de R$ 4,6 milhões já realizado pelo Iphan na cidade nos últimos dois anos.
Fonte: Da Redação