Militares do Corpo de Bombeiros flagraram criminosos tentando incendiar uma ponte nesta sexta-feira (27) na Rodovia Transpantaneira, que liga os municípios de Poconé a Porto Jofre, no Pantanal em Mato Grosso. De acordo com o Corpo de Bombeiros, a equipe apagava outro foco de incêndio quando flagrou a cena.
Os militares combatiam um incêndio no km 103 da rodovia. Eles contaram com uma aeronave da Defesa Civil para lançar 1,8 mil litros a cada decolagem.
Segundo os bombeiros, o combate aos incêndios na região é extremamente difícil por possuir poucos acessos/estradas, pela vegetação alta, bem como seca, e por ser uma área com muitos brejos.
Além disso, há indícios fortes de incêndio criminoso no local. As chamas iniciaram em vários pontos próximos um do outro.
A Transpantaneira tem 150 km de extensão e é conhecida por ser um atrativo turístico da região. Ela cruza a maior planície alagável do planeta. Em 2020 a região também teve registros de incêndio.
Enquanto o Corpo de Bombeiros combatia o incêndio, alguns criminosos tentaram incendiar a Ponte 70 da Transpantaneira. O incêndio foi combatido pelos militares nesse ponto e os suspeitos fugiram.
A Polícia Militar está na região para tentar localizar os criminosos. Quatro equipes dos bombeiros estão combatendo incêndios na região, além da aeronave, brigadistas e voluntários.
Fotos mostram antes e depois da Rodovia Transpantaneira ser atingida pelos incêndios no Pantanal de MT, em 2020 — Foto: Drone Cuiabá/Divulgação
Outro incêndio, na quarta-feira (25), foi combatido na mesma região pelos bombeiros.
Os primeiros incêndios no Pantanal, neste ano, começaram há uma semana.
Um ano após maior incêndio da história
Em 2020, o Pantanal foi atingido pela maior tragédia de sua história. Incêndios destruíram cerca de 4 milhões de hectares. 26% do bioma – uma área maior que a Bélgica – foi consumida pelo fogo. Cerca de 4,6 bilhões de animais foram afetados e ao menos 10 milhões morreram.
Em Mato Grosso, quase 2,2 milhões de hectares foram destruídos e, em Mato Grosso do Sul, 1,7 milhão de hectares, virou cinzas.
De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), a precipitação dos últimos meses na bacia do alto Paraguai ficou abaixo do esperado. O Pantanal não tem uma “cheia” há três anos.
Fonte: G1 MT