Rotam prendeu bando que pretendia inicialmente assaltar comitê de investigadora da PC
Alvo de uma tentativa de assalto, a candidata a vereadora e policial civil Edleusa Mesquita (PSB) descartou a tese de que os criminosos, presos na madrugada de hoje, pretendiam roubar o seu comitê. A princípio, o bando estaria de olho em pagamentos que ocorreriam na reta final da campanha.
No entanto, em entrevista ao FOLHAMAX na tarde desta quinta-feira (12), Edleusa, que também é presidente licenciada do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil (Sindpol), disse acreditar que o grupo criminoso, pretendia na verdade, executar ela e seus cabos eleitorais por perseguição política. “Eu não acredito que seria um assalto porque lá não tinha dinheiro e é o partido que faz o pagamento pelo diretório. Eles iriam chegar lá com camiseta da Polícia Civil dizendo que era colega e pedir para falar comigo. Depois disso, provavelmente haveria uma execução”, disparou Edleusa ao esclarecer que nenhum valor em espécie era guardado no comitê.
As declarações ocorrem após Policiais da Ronda Ostensiva Tático Móvel (Rotam) prenderem uma quadrilha que estava preparando um assalto ao comitê da candidata a vereadora. Entre os detidos, estão três policiais militares.
Eles foram abordados e portavam uma arma, cada um. Na casa, os policiais ainda encontraram uma algema, seis camisetas da Polícia Civil, três coldres de spark, um binóculo, um escudo de ferro artesanal, duas toucas balaclavas, seis pares de placas balísticas, quatro capas de coletes da Polícia Militar, dois bornais de perna, um coldre de revolver velado, cinco capas de coletes, três cintos de guarnição, um coldre maynards, duas mochilas de cor preta, além de uma espingarda de pressão.
Segundo as informações, o grupo estava preparado até para um confronto com policiais. “Isso é o que me deixa mais indignada: o modo, a articulação e a premeditação que eles fizeram para isso. A maioria da minha equipe são policiais civis e eles estavam preparados para fazer um enfrentamento com trocas de tiros e matar”, pontuou.
CARROS RISCADOS
A sindicalista seguiu dizendo que situações adversas ocorreram durante a campanha, mas nada comparado ao ato que o grupo criminoso pretendia fazer. “O pessoal que trabalha comigo teve o carro riscado e pneus furados. Placas que colocamos nas casas amanheceram todas com meu rosto arrancado. No bairro Jardim Passsaredo, jogaram um monte de santinhos para depois possivelmente me denunciar no TRE”, comentou.
Por fim, a candidata lamentou o ocorrido e disse que aguarda ser chamada para prestar depoimento. “Eu não estou acreditando que em pleno século 21 existe esse tipo de capangagem nas eleições, bem nas vésperas, para eliminar o candidato. Até agora não tinha acontecido nada nesse nível. Por isso, acredito que tenha sido uma perseguição política, tentando me tirar da campanha”, concluiu.
Com Informações do Site FolhaMax, TV Vila Real Cuiabá