Thiago Salles de Almeida, conhecido como ‘Gato Louco’, teve sua conta no Instagram removida na madrugada desta terça-feira (19). Conhecido por vários memes nas redes sociais ou até mesmo por vender caipirinha na Praça da Mandioca, o mato-grossense estava com quase 40 mil seguidores em sua conta. Diversos influencers de Cuiabá estão se mobilizando para fazer uma visita para Gato Louco, que está bastante abalado.
No instagram de sua esposa, a Gata Louca, ele disse que acordou por volta das 3h30 horas da madrugada, quando percebeu que teve sua conta desativada. “Desativou minha conta do Gato Louco Cuiabá. Já fiz o procedimento, agora tem que esperar, bateu o desespero, se não voltar, vou ter que fazer outra conta. 38.300 seguidores, é tão difícil conseguir isso”, disse em uma série de Stories (vídeos que desaparecem após 24 horas de sua publicação) gravados na manhã desta terça-feira.
O Instagram notifica as contas que correrem o risco de desativação por posts e comportamento inadequados, para que o usuário repense suas ações. O objetivo é detectar e remover mais rapidamente contas que violam os termos de uso da plataforma.
“Agora no Instagram você não pode falar mais nada, não pode se expressar, não pode brincar, Instagram está desse jeito. Desativar minha conta assim, meus vídeos, meus Stories, minha vida ali dentro”, lamentou. Enquanto não tem sua conta reativa, ele criou uma nova para se comunicar com seus seguidores.
História do influencer
Thiago Salles de Almeida,nasceu em Apiacás (968km de Cuiabá), há trinta anos, onde sua mãe trabalhava no garimpo. Viveu durante a infância em Sorriso (398km de Cuiabá), e começou a trabalhar aos oito anos de idade, vendendo coxinhas que sua vizinha preparava. O salgado custava R$0,50, e era vendido principalmente em fazendas e madeireiras.
Aos nove, pediu a um marceneiro que fizesse para ele uma caixa, e começou a trabalhar como engraxate. Pouco tempo depois, veio para Várzea Grande morar com a avó. Ficou deslumbrado com o tamanho de Cuiabá, e com seus prédios imensos, e continuou engraxando também na capital, por alguns anos.
Nesta época, ele já sabia mexer o pescoço. “Desde que eu tinha oito anos de idade! Eu assistia Domingo Legal, e tinha o Fat Family. Aí eu fazia a cabecinha igual deles e dançava break quando era criança”.
Thiago ficou engraxando no aeroporto por oito anos. Lá conheceu pessoas de todo o Brasil, para quem sempre fazia pequenas apresentações. Nesta época, já tinha incorporado ao giro de cabeça e ao break os barulhos de gatinho. Foi aí que um colega, que trabalhava na revistaria do aeroporto, o filmou e postou o primeiro vídeo no Youtube, que teve grande repercussão.
Três anos depois, a produção do Domingão do Faustão fez uma seletiva para o ‘Se vira nos 30’ no Teatro da UFMT. Ele decidiu se inscrever. Thiago viajou para o Rio de Janeiro sozinho, e conheceu o Projac. No dia da gravação, as orientações eram que ele – e os outros candidatos – ficassem das 8h da manhã até a hora do programa aguardando no camarim. Mas ele não obedeceu. Fez amizade com os motoristas dos ‘carrinhos de golf’ e passou o dia passeando e conhecendo os famosos. Até mesmo conversar com o Faustão antes do programa – outra coisa que estava proibida – ele conversou.
Dois anos depois do Faustão, Thiago foi surpreendido ao ver seu vídeo viralizar nas maiores páginas de memes do país. “Quando eu cheguei do Faustão, ninguém me conhecia, não virou fama, nem nada. Esse negócio foi resgatado em 2014, depois de dois anos, nas páginas de memes grandes do Brasil. Eles pegaram esse meu vídeo, ganharam dinheiro com ele, fizeram meme e deu milhões de views”.