Cuiabá deve ganhar sete novas rotas para desafogar trânsito

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Com o objetivo de melhorar o tráfego em Cuiabá, a Prefeitura passou a estudar, nesta semana, a possibilidade de criação de sete novas rotas alternativas na Capital. Segundo o município, a intenção é criar novos acessos entre diferentes regiões de Cuiabá para desafogar o fluxo nas principais vias e facilitar a trafegabilidade de condutores e pedestres.

Os pontos propícios a receberem obras estruturantes são: prolongamento da Avenida André Maggi até o bairro Jardim Vitória; ligação da Avenida Monte Líbano com a Avenida Dr. Hélio Ribeiro (Parque das Águas); ligação da Avenida Monte Líbano com a Avenida Miguel Sutil (via Despraiado); ligação do Residencial Paiaguás com a Rodovia Emanuel Pinheiro (MT-251); rota de desvio na Avenida Beira Rio (Ponte Sérgio Mota); ligação entre a Avenida das Torres com a Dante Martins de Oliveira e ligação entre as avenidas Arquimedes Pereira Lima (Estrada do Moinho) e Edna Affi (Avenida das Torres).

O prefeito Emanuel Pinheiro visitou pontos críticos da cidade na última segunda-feira (15) e relatou que irá aproveitar o período chuvoso para trabalhar na parte técnica, criação de projeto e levantamento financeiro.

Para o mestre em Planejamento de Trânsito e doutor em Logística de Trânsito, engenheiro civil Eldemir Pereira de Oliveira, o projeto é positivo mas paliativo, não visa o planejamento do conjunto da cidade.

Com 430 mil veículos só em Cuiabá e mais 170 mil em Várzea Grande, a região metropolitana sofre com linhas com tráfego intenso em algumas horas do dia.

“São situações pontuais, que vão resolver pontos de maiores complicações, pontos críticos. Talvez seja uma solução, mas, de certa forma, não é definitiva. Não é uma solução planejada porque fica apagando fogo aqui, um fogo ali”, afirmou.

Segundo o engenheiro, para ter resultado, o plano deve envolver toda a cidade, seguindo os critérios de planejamento urbano e considerando outras questões além de apenas a malha viária.

“Isso envolve não só a estrutura viária, mas também um conjunto de ações como calçadas, acessibilidade, sinalização, pedestres, a questão do transporte coletivo”, explicou Oliveira.

O especialista acredita que a solução ideal seria a implantação do Plano Diretor de Transporte Urbano. Uma lei de 2012 estabeleceu que os municípios criassem o plano diretor de transporte, porém isso não aconteceu.

“O Plano Diretor de Transporte Urbano seria uma indicação melhor entre as soluções no conjunto da cidade, e não pontualmente resolvendo conflitos, pontos de estrangulamento”, afirmou.

Fonte: Midianews