Cuiabá e VG terão 50 mil desempregados nos próximos dias, aponda CDL

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O presidente da CDL, Nelson Soares Júnior, afirmou nesta sexta-feira (10), em entrevista ao Jornal do Meio Dia, daTV Vila Real, que se o fechamento do comércio continuar por mais alguns dias, a previsão é que haja 50 mil desempregados no estado. Por essa razão, as entidades comerciais se juntaram e fizeram uma proposta chamada “Alvará Covid”, que seria um documento concedido às empresas que, para funcionamento, cumprissem todos os requisitos definidos em parceria com os Comitês Municipais de Combate ao coronavírus.

Nelson também afirmou que, quando do início da pandemia, as entidades se preocuparam em preparar os comerciantes e empresários para atender aos clientes e funcionários, obedecendo as normas de segurança necessária para conter a proliferação do vírus. Entretanto, não foram consultados em nenhuma das vezes que o fechamento foi definido pelos gestores.

“A nossa ideia é que um representante das entidades comerciais faça parte dos Comitês e junto com eles definamos regras para funcionamento. Quem cumprir os requisitos, ganha o ‘alvará Covid’, quem não obedecer tem o estabelecimento fechado”, explicou.

Para garantia de que o estabelecimento estaria cumprindo as normas definidas em consenso com os comitês seria dada pelos fiscais que percorreriam os locais para averiguação. “O que queremos, é encontrar uma solução para que não haja estrangulamento e tenhamos condições mínimas de trabalho e de sobrevivência. Nosso interesse é colaborar com os gestores públicos, pois entendemos que o problema não está no estabelecimento comercial, está no comportamento do povo”, destacou ele.

Nelson declarou ainda que, com os fechamentos que vêm ocorrendo a cada declaração de quarentena, há um aumento no número de empresas fechadas e, consequentemente, de desempregados. Ele disse que essa tendência deve continuar a aumentar, se não houver nenhuma estratégia de reabertura.

“As estimativas mostravam que após o primeiro fechamento, havia um percentual de trabalhadores que não voltaria ao trabalho. Agora vimos esse percentual aumentar e vai continuar assim e aí pode ocorrer desemprego em massa, que é o que mais tememos”, alertou.

O presidente da CDL reforçou que só o fechamento do comércio não garante a redução dos índices de contaminação, é preciso implantar a testagem em massa, a distribuição de remédios já na primeira visita dos pacientes com sintomas que procuram as Unidades de Pronto Atendimento (UPA).

“Então, qual a nossa proposta? Estabelecer juntos com os Comitês, dos quais nós não fazemos parte, os critérios para cada um dos setores das atividades econômicas. Estamos prontos para sentar e discutir se estiver interesse dos prefeitos”, afirmou.

Fonte: O Bom da Notícia