O governador Mauro Mendes (DEM) participou nesta segunda-feira (26), em São Paulo, do Seminário Agronegócio Sustentável, em que debateu o tema “Mudanças no Código Florestal”. Na oportunidade, ele defendeu a não necessidade de alteração do código florestal e, sim, que o Estado brasileiro faça com que as leis sejam cumpridas.
“Precisamos cumprir o código florestal não só porque é lei, mas também porque os mercados [importadores] irão exigir isso de nós. Isso é bom para o Brasil, isso é bom para o nosso Estado e para a economia brasileira e é bom para o meio ambiente. E não é porque a ONG A, B ou C falou ou porque o gringo falou, mas porque é bom para nós brasileiros e porque temos consciência ambiental”, defendeu.
Mauro Mendes destacou também, no evento em que debateu com ambientalistas e representantes da academia e ruralistas, que hoje o “filho de produtor, é ambientalista”.
“Então, esse discurso reacionário contra o meio ambiente ele não pega, ele não funciona. Ele não convence ninguém, nem lá fora e muito menos aqui dentro. Temos que fazer por consciência, porque é legal. Temos que fazer porque é um ótimo negócio fazer”, avaliou, acrescentando que por isso, Mato Grosso tem dado prioridade na pauta ambiental. “No nosso Estado temos feito esse esforço gigante para adequar às novas realidades”.
“Nós somos um Estado de grande capacidade de produção, no setor do agronegócio brasileiro, somos o maior produtor de várias commodities agrícolas. Nós somos uma fronteira de crescimento dessa produção, estamos no linear desse bioma Amazônia e isso nos coloca como um dos principais atores nessa história do agronegócio, do ambientalismo e da preservação”, acrescentou.
Não cumprimento da lei
Mauro Mendes destacou que o problema no país não é a falta de leis, mas uma mudança na cultura da população. De acordo com ele, essa cultura é um problema grave, em que temos “centenas de milhares de leis que não estão sendo cumpridas nesse momento. Não é um problema específico do nosso código florestal. No Brasil tem até uma frase difícil de ouvir, mas é verdade, e não podemos ser hipócritas, que tem lei que pega e lei que não pega”.
Fonte: O Livre