Uma semente prestes a florescer um futuro cheio de possibilidades. Assim é encarado, pela coordenação do Instituto Cultural América (Inca), o projeto de formação da Rede de Agentes Culturais Comunitários, que teve início em março de 2016 e pretende formar a primeira turma no início de agosto deste ano. O objetivo principal, conforme explica a presidente do Inca, a produtora cultural Cibele Bussiki, era formar pelo menos 30 agentes culturais comunitários nos bairros pertencentes à referida região, mas, com a identificação de talentos natos o grupo ficou com 17 pessoas das mais variadas idades que passam por uma formação em produção e gestão cultural e também social.
O curso ocorre através do Ponto de Cultura Inca, todos os sábados na sede da União Cuiabana de Associações de Moradores (Ucam), das 14 às 18h, e é uma ação do Programa Cultura Viva da Secretaria de Cultura e Cidadania do Ministério da Cultura – MINC em parceria com a Secretaria Estadual de Cultura (SEC) desenvolvida pela sociedade civil por meio de seleção através de edital público realizado em 2009.
De acordo com Bussiki, os agentes formados pelo projeto atuarão, em breve, em rede, realizando, juntamente com o Inca as etapas de execução do projeto. São elas: Levantamento dos bens culturais dos bairros da região sul; Levantamento de espaços com potencial para a realização e fomento de eventos culturais e exposição de produtos produzidos pela comunidade; Realização de eventos e mostras dos produtos culturais da região em que atuam criando oportunidade de circulação e fomento à produção cultural atuando junto com a economia local na captação de recursos para a viabilização destas ações; Produção e manutenção de oficinas permanentes de cultura (dança, música e agentes de cinema); Formação de grupos artísticos e culturais, formalização e gestão e; Implantação e ou declaração de projetos de Pontos de Cultura para a região.
A ação de difusão do projeto ficará por conta da circulação da produção cultural de cada região que estará inserida na rede formada pelos bairros do Pólo Sul que fazem parte deste projeto como forma de troca de experiência. Com esta ação forma-se público para a produção cultural regional e criam-se oportunidades de divulgação destas ações oportunizando o investimento da iniciativa privada visando à ampliação do projeto buscando, assim, sua sustentabilidade.
Vale destacar que ainda dentro desta proposta serão realizadas vivências de resgate social e de cidadania de crianças e jovens para que os envolvidos nessas atividades não façam parte de grupos de risco. Os agentes terão contatos com competências que despertarão responsabilidade com o meio no qual vivem ao trabalhar com temáticas relacionadas ao respeito; a pluralidade, a ética, valores, responsabilidade, cooperação emoção, motivação; entusiasmo, auto-estima e outros.
Raízes – Para garantir que a capacitação seja realmente aproveitada e fortalecida para as futuras gerações os agentes e o Inca buscam junto à comunidade e comércio local, formas de investimento direto nas ações do projeto. A ideia é fortalecer as ações com à economia local dando sustentabilidade para a manutenção das ações e da produção dos bens culturais produzidos pela comunidade. Assim, estarão trabalhando dentro dos princípios da economia solidária e da cultura na busca e oferta de novas formas de renda para a população, além de promover e manter as raízes culturais locais aos mais jovens.
Serviço – O desenvolvimento desse e dos demais cursos do projeto para esta região (Instrumentos Alternativos, Dança Coletiva e Cine Clube Inca), podem ser acompanhados pela fanpage no Facebook: Ponto de Cultura Inca – Rede de Agentes Culturais.