A Defesa Civil de Cuiabá e a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) decidiram, após análise conjunta, liberar a área da lotérica que ficou destruída após o incêndio que também consumiu as estruturas da Realmat e da Ciclo Ribeiro, no dia 05 de dezembro. Foi autorizada a retirada dos escombros e determinado que a loja onde funcionava a empresa de bicicletas ganhe um reforço, já que ainda há riscos de desabamento no local.
Em trabalho conjunto, os órgãos decidiram liberar a área da lotérica para demolição e retirada de escombros. Também foi autorizada a retirada da fachada de vidro da Realmat, para evitar que eles se soltem e possa atingir quem esteja abaixo. O fato foi motivado pela impossibilidade de realizar buscas seguras no local.
Também, foi solicitado reforço na estrutura da empresa Ciclo Ribeiro devido a grave avaria sofrida pelo incêndio.
Estão em análise pericial as imagens aéreas coletadas do local da perícia da perícia no último dia 12 de dezembro. Com esta análise, os órgãos poderão decidir o modo de operação a ser adotado para conter ou eliminar as zonas de risco de desabamento nas áreas de maior interesse pericial e promover a perícia interna, nos ambientes afetados pelo incêndio.
Ainda durante o dia 12, havia material combustível em processo de queima o que característica que o imóvel ainda sofre os eventos advindos do incêndio.
Nesta quinta-feira (17.12) foi dada continuidade nas análises no local, onde devem ser utilizados novos recursos para captação de imagens interna nos imóveis.
O coordenador da Defesa Civil, Lecimar Vieira, afirmou que a situação dos prédios da Realmat e Clico Ribeiro, que foram atingidos por um incêndio no último sábado (5), é bastante preocupante. Isso porque as constantes chuvas deste período do ano em Cuiabá aumentam ainda mais as chances de que as estruturas, que estão em situação delicada, possam vir abaixo.
Segundo a perita oficial criminal, Telma Jakeline Greicy Kirchesch, o local ainda é crítico para a realização dos trabalhos periciais.
“Entrei na parte frontal do prédio onde foram extraídos alguns materiais que podem ter imagens do circuito interno de segurança. No local as imagens não eram registradas na nuvem e sim no aparelho físico que coletamos e enviaremos para análise”, pontuou.
A estimativa da perita é que os levantamentos no local durem menos de trinta dias. Após este processo será elaborado o laudo pericial contendo as causas do incêndio, se a natureza foi acidental ou criminosa, e definida a dinâmica dos fatos.