Estado tem maior crescimento do país em infraestrutura

Fonte: RD News

Mato Grosso registrou o maior crescimento na área de infraestrutura do país, saindo da 14ª colocação (2016) e saltando para o 8º (2017), o melhor estado no quesito. Considerado um dos principais gargalos, principalmente da economia mato-grossense, esse é justamento o item em que o Estado ocupa a melhor posição dentre outros nove. 

Os dados foram divulgados nesta quarta (20) e constam no Ranking de Competitividade dos Estados 2017, que é um estudo realizado pelo Centro de Liderança Pública (CLP) em parceria com a Tendências Consultoria e a Economist Intelligent Group. O levantamento avalia o trabalho e as ações do setor público refletidos em 10 pilares.

Além de Infraestutura, são avaliados o Capital Humano; Educação; Eficiência da Máquina Pública; Inovação; Potencial de Mercado; Segurança Pública; Solidez Fiscal; Sustentabilidade Ambiental e Sustentabilidade Social. Nas análises são atribuídos pontos – que variam de 0 a 100 – para a avaliação objetiva de cada um dos pilares.

No ranking geral das 27 unidades federativas, Mato Grosso ocupa a 12º colocação com 48,8 pontos. A posição – a mesma ocupada no ranking de 2016 – faz com que o Estado seja apenas o terceiro melhor colocado do Centro-Oeste, atrás de Distrito Federal (4º) e Mato Grosso do Sul (5º).

São Paulo continua no primeiro lugar com 87,8 pontos, sendo o melhor colocado em Educação, Infraestrutura, Inovação e Potencial de Mercado. Os paulistas são seguidos por Santa Catarina (2º) e Paraná (3º).

O ranking lembra que os estados do Sudeste, Sul e Centro-Oeste são os melhores colocados e concentram-se, em grande parte, na metade superior da tabela. Enquanto isso, os estados do Norte e Nordeste ocupam a parte inferior.

Quesitos

Mato Grosso em sua melhor colocação, no quesito infraestrutura, com 55,2 pontos, foi avaliado em questões como a acessibilidade do serviço de telecomunicações, custo dos combustíveis, disponibilidade de voos diretos, mobilidade urbana e qualidade das rodovias. Esse último, inclusive, tem sido considerado nos últimos anos um dos principais gargalos do setor produtivo. A sociedade civil tem acompanhado as críticas. 

Além de infraestrutura, Mato Grosso também ocupa a 8ª posição no quesito solidez fiscal, com 75,9 pontos. Nesse ponto foram analisadas situações como capacidade de investimento e autonomia fiscal. O Estado também ficou entre os dez melhores em potencial de mercado (9º) e capital humano (10º). No primeiro foram verificadas questões como o tamanho do mercado e a taxa de crescimento e no segundo custo de mão de obra e qualificação dos trabalhadores.

Eficiência da máquina pública (11º), sustentabilidade social (11º) e educação (12º) são os segmentos seguintes em que Mato Grosso registra boa colocação. Entre as piores avaliações dos serviços mato-grossenses ficaram a segurança pública (18º), onde foram avaliadas questões como segurança pessoal, mortes a esclarecer, segurança no trânsito, deficit carcerário e inovação (21º), verificada por situações como registro de patentes e produção acadêmica.

Mato Grosso ocupa sua pior posição no item sustentabilidade ambiental (25º), onde foram levadas em consideração situações como emissões de CO2, tratamento de esgoto e destinação do lixo.