Etanol ‘batizado’ expõe megaesquema em MT

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A notificação de um posto de combustível em Várzea Grande que vendia etanol adulterado, na última nesta quarta (17), é apenas a ponta de um iceberg de um grande esquema de sonegação de impostos, lavagem de dinheiro e adulteração de combustíveis em Mato Grosso. A informação é de uma fonte de A Gazeta, que acusa grandes grupos empresariais de usarem laranjas para fraudar os cofres do Estado.

Na operação conjunta da Polícia Civil, Procon Estadual e da Agência Nacional do Petróleo (ANP), foi revelado, segundo a fonte “apenas um pequeno percentual de um golpe que vem sendo praticado há anos em Mato Grosso”.

Durante a ação no posto, localizado na avenida Ulisses Pompeu de Campos, região central de Várzea Grande, chamou a atenção dos policiais o fato de o comércio não exibir nenhuma bandeira de distribuidora, o que é comum no setor. No local, os técnicos da ANP constataram que o etanol estava adulterado por adição de aproximadamente 1% de água.

Nafta

Mas esta é apenas uma pequena parte de um complexo esquema de adulteração que envolve a importação de um insumo que é misturado ao combustível brasileiro, a nafta.

Na última segunda-feira (15) o Ministério Público de São Paulo, a Receita Federal e a Polícia Rodoviária Federal (PRF) deflagraram a segunda fase da Operação Arinna, que apura um esquema de adulteração de combustíveis que, segundo as investigações, resultou na sonegação de mais de R$ 270 milhões em tributos federais.

Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nas cidades paulistas de Valinhos, Paulínia, Araraquara, Ibaté, Ribeirão Bonito, bem como em Cuiabá e Cocalinho, também em Mato Grosso.

De acordo com o MPSP, a organização criminosa teria movimentado até R$ 4,8 bilhões. Segundo as investigações, duas empresas- Sun Energy Indústria e Comércio, Importador e Exportador de Lubrificantes e Aditivos Eireli e Confidence Trading Comércio, Importação e Exportação de Produtos Químicos Eireli – comercializaram, aproximadamente, R$ 82 milhões de nafta, um derivado de petróleo.

Fonte: Gazeta Digital