O ex-prefeito de Juscimeira (157 km da Capital) e ex-presidente da AMM Valdecir Colle, o Chiquinho do Posto (PSD), denunciou uma suposta situação insalubre vivida por mulheres que trabalham na boate Crystal, em Cuiabá.
Segundo o político, há exploração de “atividades sexuais” no local e as refeições são cobradas das trabalhadoras, situação em desacordo com a legislação. Denuncia também que os banheiros utilizados pelas mulheres estariam em situação crítica, “tudo arregaçado” e que o estabelecimento estaria funcionando sem a documentação básica, como alvará.
“E qualquer pessoa que vai lá, que tenta mostrar alguma coisa, eles mandam calar a boca, ameaçam. Eu quero fazer essa denúncia, não quero esconder meu nome, não. Vou comprar uma guerra com a boate Crystal”, disse.
Chiquinho disse que, no sábado (18), garçons da boate o teriam ameaçado de morte. E que pretende fazer denúncia formal ao Ministério Público Estadual (MPE) e à Polícia Judiciária Civil (PJC).
O gerente da Crystal, Fábio Luís Braz, rechaçou as denúncias e garante que o ex-prefeito não foi agredido ou ameaçado. “Não presenciei nada disso. Em nenhum momento ele recebeu ameaças aqui”, afirmou.
Fábio também negou que haja qualquer irregularidade na documentação de funcionamento e apresentou alvarás à reportagem. “A boate tem todos os documentos em dia. Ele (Chiquinho) deve ter tido algum problema lá fora, com alguma das meninas, e está jogando a boate no meio para denegrir a imagem da empresa”, dispara.
O gerente ressalta ainda que não sabe o porque do ex-presidente da AMM estar atacando o estabelecimento comercial. Segundo Braz, Chiquinho é cliente assíduo e nunca havia reclamado da Crystal. “Muitas vezes, ele chegou aqui e quis que assinasse as contas para ele. Ele não vinha com dinheiro e pedia para a gerência assinar. Eu fui proibido pelo dono da empresa de assinar conta aqui, porque somente garçom pode assinar. Eu fiz essa camaradagem para ele e assinei as contas. Não sei por qual motivo ele está fazendo tudo isso”, disse.
O gerente também negou que os salários das mulheres sejam descontados pelos proprietários da boate. “Na verdade, nada do que ele falou procede”. “Ele me enviou vários áudios denegrindo a empresa, falando que vai colocar o governo, prefeitura e Vigilância Sanitária para virem aqui e fazer toda a averiguação. Mas a documentação da boate está toda em dia”, completou.
Fonte: Repórter MT