Existem três ‘cracolândias’ e um ‘Triângulo das Bermudas’ bem no coração de Cuiabá

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Por que ninguém até hoje as autoridades competentes e responsáveis pela Segurança não conseguem acabar de uma vez por todas com três “Cracolândias” , também conhecidas como “Triângulo das Bermudas”, localizadas bem no coração de Cuiabá? Quem circula pela Avenida Tenente-coronel Duarte, antiga Avenida da Prainha e pelas duas pistas de prolongamento da Avenida Coronel Escolástico são obrigados a ver todos os dias, dia e noite, cenas até macabras e de muita violência praticadas por usuários de drogas que se misturam a alcoólatras, prostitutas, cafetinas e traficantes. As cenas vão de estupros a assassinatos como homicídios, latrocínio: roubos seguidos de morte e feminicídios. Por lá também se pode ver até cenas de sexo explícito, inclusive com meninas com idades dos 10, 11, até 17 anos. Secretário fala em um problema social grave.

O triângulo das bermudas, onde se localizam as três cracolândias é composto pelo “Beco do Candeeiro”, “Ilha das Bananas” e pelo Morro da Luz. São três pontos cronicamente violentos, localizados bem na área central da Capital, onde até chacina já foi registada.

Na madrugada desta quarta-feira, 22, mais uma pessoa foi morta no “Triângulo das Bermudas. Uma homem sem documentos e sem identificação, levou pelo menos 12 golpes de facão pelo corpo, um deles no peito, em cima do coração. O desconhecido morreu na hora na “Ilha das Bananas” e ninguém viu nada.

O TRIÂNGULO DAS BERMUDAS

O local conhecido em Cuiabá, inclusive pelas Polícias Civil, Militar e Federal está encravado no Morro da Luz, em frente ao Murro da Luz e ao lado do Morro da Luz, cortados pr três avenidas das mais movimentadas da Capital. A movimentação é muito grande dia e noite, mas é durante à noite e as madrugadas, é que, principalmente o tráfico, a o uso e a prostituição são mais agitadas.

Por que ninguém até hoje, principalmente as autoridades competentes e responsáveis pela Segurança não conseguem acabar de uma vez por todas pelo menos três “Cracolândias” , também conhecidas como “Triângulo das Bermudas”, localizadas bem no coração de Cuiabá? Quem circula pela Avenida Tenente-coronel Duarte, antiga Avenida da Prainha e pelas duas pistas de prolongamento da Avenida Coronel Escolástico são obrigados a ver todos os dias, dia e noite, cenas até macabras e de muita violência praticadas por usuários de drogas que se misturam a alcoólatras, prostitutas, cafetinas e traficantes. As cenas vão de estupros a assassinatos como homicídios, latrocínio: roubos seguidos de morte e feminicídios.

O triângulo das bermudas, onde se localizam as três cracolândias é composto pelo “Beco do Candeeiro”, “Ilha das Bananas” e pelo Morro da Luz. São três pontos cronicamente violentos, localizados bem na área central da Capital, onde até chacina já foi registada.

Na madrugada desta quarta-feira, 22, mais uma pessoa foi morta no “Triângulo das Bermudas. Uma homem sem documentos e sem identificação, levou pelo menos 12 golpes de facão pelo corpo, um deles no peito, em cima do coração. O desconhecido morreu na hora na “Ilha das Bananas” e ninguém viu nada.

As investigações policiais apontam que os mesmos usuários, ladrões e prostitutas que frequentam as três cracolândias do “Triângulo das Bermudas”, são os mesmos que frequentam outras cracolândias espalhadas por toda à Capital de Mato Grossom (M), inclusive as localizadas no “Beco da Lama, bairro do Porto e a da Rua Tereza Lobo, no bairro Consil.

“Eles (os usuários de drogas, ladrões e prostitutas) que vivem por aqui pelo triângulo das bermudas se revezam com frequência por outras cracolândias. Principalmente os ladrões, que costumam migrar quando cometem um assalto, pequeno que seja, para não ser identificado e preso”, comenta um policial que pediu para não ser identificado.

PONTOS CONHECIDOS

O local conhecido em Cuiabá, inclusive pelas Polícias Civil, Militar e Federal está encravado no Morro da Luz, em frente ao Murro da Luz e ao lado do Morro da Luz, cortados por três avenidas das mais movimentadas da Capital. A movimentação é muito grande dia e noite, mas é durante à noite e as madrugadas, é que, principalmente o tráfico, a o uso de drogas pesadas como cocaína, pasta base e crack e a prostituição agitam é são as principais causas da violência no local.

É nas três cracolândias, por exemplo que as encontram drogas de todos os tipos e para todos os lados. Drogas, que segundo os próprios usuários, são compradas em “bocas” na mesma região do “Triângulo das Bermudas”” nos bairros mais próximos, como Araés, Alvorada e Lixeira, redutos muito conhecidos dos usuários de drogas da Capital, e principalmente das autoridades.

PROBLEMAS CRÔNICOS

No “Triângulo das Bermudas” existe um problema sério, grave e crônico com mais de 30 anos em atividade. No Morro da Luz, criado pelo Poder Municipal para ser uma área de lazer. Para que as pessoas pudessem passar tempo e como encontro de casais de namorados, na realidade se transformou em um local em um verdadeiro “inferninho”. Com pouca iluminação e abandonado, o local começou a servir como ponto de encontro de prostitutas que fazem sexo, principalmente durante à noite, pois nenhum ser humano consciente se arriscar a subir ´morro.

Lá também serve de encontro de traficantes, usuários de drogas, alcoólatras, que com suas parceiras que vivem no submundo também fazem sexo explicito. O local, além de imundo, cheira mal em, pois os bandidos também correm para lá quando fazem assalto no asfalto, principalmente nos pontos de ônibus, ou até mesmo de pessoas que se arriscam, ou as pessoas desavisadas, que circulam a pé pelas Avenidas Coronel Escolástico e da Prainha.

A situação não é diferente na Ilha da Banana e no Beco do Candeeiro. Mesmo sem fase destruição, a Ilha ainda abrigada e serve de ponto de venda e compra de drogas. Esconderijo de bandido, de prostitutas e alcoólatras. No Beco do Candeeiro, a situação é ainda mais escrachada. Os bandidos: traficantes, assaltantes e trombadinhas circulam livremente, prontos para dar o bote e uma pessoas mais desavisada e se arrisca a entrar barzinhos da região. Duas pessoas já usaram o Morro da Luz para tirar suas próprias vidas.

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EXCLUSIVA – A reportagem do Cuiabano News esteve nestes três locais em três dias diferentes, infiltrada entre as pessoas que por lá transitam dia e noite. Comprovamos a falta de segurança das pessoas que são obrigadas passar, principalmente pelas vielas do Beco do Candeeiro e os comerciantes, que embora acostumados, vivem sobressaltados e sempre em estado de alerta. Conversamos com vários usuários de drogas e alguns bandidos, mas apenas uma velha prostituta aceitou falar.

VELHA PROSTITUTA – Sara (nove fictício), hoje uma mulher de 42 anos, tinha 11 anos na década de 90, quando como começou sua vida no submundo do uso de drogas e na prostituição infantil. Um ano depois ela testemunhos a execução sumária de garotos de 10, 11, e 13 anos, mortos com muitos tiros no Beco do Candeeiro.

“Eu não vi eles serem mortos. Eu estava dormindo um pouco mais distante deles. Acordei com a grande quantidade de tiros, mas fiquei quieta, até porque estava muito escuro e não dava para ver nada, principalmente quem estava atirando”, afirma e alerta: “Não vai citar meu nome verdadeiro, nem mostrar a minha cara”.

E a mulher sofrida pela vida miserável que leva como usuária de drogas, muitas vezes como atravessadora de maconha, como prostituta e como cafetina desde os 10 anos quando fugiu de casa após as mortes de seus pais, também executados no bairro do Porto, conta mais um pouco de sua vida e afirma que o Triãngulo das Bermudas e na realidade um inferno.

Sara diz que ás vezes é obrigada a comer restos de comida que as pessoas jogam no lixo, mas fala com sinceridade: “Os meninos eram danados. Eles não roubavam, apenas praticavam pequenos furtos para levantar grana para comprar a maconha deles, e muitas vezes o crack. Eram meninos da rua, embora um deles tivesse família. Dormiam no chão pelas calçadas, pelas casas abandonadas e pelos becos da vida e também passavam fome, principalmente quando estavam noidos, mas ainda eram muito crianças. Não mereciam ter o fim que tiveram”, lamenta…

Antes de falar mais coisas, Sara diz: “Conheço o senhor, moço. O senhor já esteve aqui várias vezes, principalmente à noite fazendo reportagem”. Sara lembra que tanto no Beco, como na Ilha e no Morro, a situação é de extrema penúria, mas também e muita violência. Hoje a Polícia não bate mais na gente, não. São nossos próprios parceiros que nos infernizam quando estamos noiados. Já levei muita porra. Já vi muita gente ser morta. Sei também que os meus dias estão chegando ao fim. Estou muito doente”, conclui.

DESFECHO – Sara nasceu no interior da Bahia. Seus pais vieram para Cuiabá quando ela ia completar seis anos. Aos nove anos ela viu seus pais, também usuários de drogas serem assassinados. Hoje ela pesa menos de 40 quilos. No dia da reportagem ela estava quatro dias sem tomar banho e a mais de 24 horas sem se alimentar.

PROBLEMA SOCIAL – O secretário Alexandre Bustamante, titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) conversou com a reportagem do Cuiabano News e afirmou que a concentração de usuários no Morro da Luz, no Beco do Candeeiro e na Ilha da Banana é um problema social, crônico e antigo, mas que precisa ser resolvido, para que estes espaços possam ser entregues às pessoas que precisam ir e vir por esses locais.

“Não é um problema que está esquecido pela Sesp, muito menos pelo Governo. É um problema social sério, que tem que ser resolvido com um trabalho em conjunto, para que as pessoas que hoje estão à margem da sociedade, não sejam apenas retirados desses locais, mas também reintegrados ao convívio de suas famílias, e à sociedade. Só que isso é muito difícil, até porque eles (os usuários) não querem. Elas são levados para abrigos com chances de recuperação, mas a maioria foge”, afirma.

Bustamante garante, que apesar das fugas, o trabalho continua, inclusive com pessoas voluntárias, que sabem que é um grave problema social. “Vamos tentar aumentar, não apenas o papel repressivo da Polícia para prender traficantes que abastecem esses locais, como vamos nos unir ainda mais os poderes para combater o problema social”, conclui.

Fonte: Cuiabano News