A exposição “Paisagens de Mato Grosso e Japão”, com 30 telas do artista japonês Masanobu Kazurayama e de seus alunos, no Museu do Morro da Caixa D’água Velha, retratam pontos turísticos que vão do Monte Fuji, no Japão, ao cerrado mato-grossense. A amostra é um dos atrativos para o final de semana em Cuiabá e para as férias.
O Museu da Caixa D´água está localizado na rua Comandante Costa, esquina com a rua Nossa Senhora de Santana, no Centro. O local funciona de segunda-feira a sexta-feira das 08h às 12h e das 14h às 17h. Sábado e domingo das 09h às 16h. A exposição permanece até o dia 31 de agosto.
Masanobu é um dos remanescentes da bomba atômica Nagasaki, que encontrou no Brasil o refúgio não só para sua vida, como também para sua arte. Hoje, aos 78 anos, vive como professor do departamento de artes da UFMT e da Associação Cultural Nipo Brasileira, onde produz suas obras como artista plástico e ainda repassa suas técnicas aos seus alunos.
Suas obras, classificadas por ele como “Realismo”, trazem paisagens do cerrado de Mato Grosso e das florestas e monumentos japoneses. Nesta mistura entre nações, o mestre consegue despertar em seus alunos o talento para a pintura, a partir da reprodução de suas obras originais. Todas essas obras estão à venda, com preços variando entre R$ 1 mil a R$ 3 mil. Esta não é a primeira vez que o artista participa de uma exposição no local, ele vem alternado pelo menos uma vez ao ano, desde 2015.
“Eu pinto desde criança, mas quando aconteceu o holocausto eu parei e só consegui retomar aos 21 anos de idade, quando cheguei a Cuiabá em 1982, trazendo na bagagem algumas tintas e pincéis e, de lá pra cá, não parei mais. Hoje quem cuida das minhas coisas é meu filho Matsuro”, revelou o artista.
O antigo reservatório de água de Cuiabá, que se transformou em museu do Morro da Caixa D’Agua Velha em 2007, oferece atrações culturais. De acordo com o diretor de turismo, Rogério Bento Noronha, da secretaria de Cultura, Esporte e Turismo, o artista ou produtor cultural que queira trazer seus trabalhos para o espaço pode procurar a Secretaria levando um ofício e ver a disponibilidade de agenda.
“Estamos com uma demanda muito grande de visitantes neste período, talvez por se tratar de uma época de férias escolares. O museu está de portas abertas para o público, para os turistas, como também para receber o trabalho de nossos artistas”, completou Rogério.